quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Feliz Natal

sábado, 21 de novembro de 2009

Fim

Chegou ao fim a minha história no Claparède. Existe uma confusão de sentimentos em mim. Estou feliz por não ter que ver e partilhar o mesmo espaço com pessoas indesejadas. Mas triste por deixar pessoas de quem gosto realmente. E sei que também gostam de mim. Durante os últimos dias recebi tantos mimos, tanto carinho... tantas demonstrações de afecto. Chorei toda a semana. De saudades, de tristeza por ir embora, por deixar os meus anjos sem asas, as minhas pestinhas que tanta dor de cabeça me deram, tantos aborrecimentos, mas também tantas alegrias, tanto amor, carinho... estou triste por deixar amigos e amigas que me são tão caros... a Cidália (uma das pessoas mais adoráveis que já conheci, apoiou-me sempre, ouviu as minhas queixas, aconselhou-me...esteve sempre ao meu lado), a Sila (apesar de a conhecer há pouco tempo, fez toda a diferença... ela é bestial. Adoro-a... é amiga, brincalhona, divertida, sincera...), a Fran (minha mana crescida... tem o coração do tamanho das pernas, enormes... e faz-me sentir tão pequenina ao pé dela), o Paulo... (com um humor negro que eu adoro, sem papas na língua, diz o que pensa doa a quem doer... mas tem um coração de manteiga), o Mário (o pestinha... o meu crítico literário... companheiro de café... conselheiro da minha injustiça... alguém que não vou esquecer... somos muito parecidos, gostos, maneira de ser... até nascemos no mesmo dia e mês...e as iniciais também Mário André / Adriana Maria invertidas; mas as mesmas... devemos ter sido irmãos noutra vida), o Vilmar ( meu irmão de coração... sempre alegre, brincalhão, distraído... cabeça no ar...), o João ( recém-chegado... mas do melhor que há... 100%... brincalhão, divertido, meio palhaço... como eu... tem ar de ser amigo para todas as horas). Vou sentir saudades da Paula(mas em breve a verei... vai morar em Fortaleza), da Florentina (ficará sempre no meu coração... ela parece a tia Anastácia do Sítio do Pica Pau Amarelo... lembro da primeira vez em que entrei na cozinha e ela correu comigo com uma vassoura na mão, a dizer que não queria ninguém a passar na cozinha... assustou-me imenso...lol), da Ivone (a Pipone... das suas maluquices, da sua gargalhada exagerada...)... vou sentir saudades de tudo... das Directoras do Claparède (que me prepararam uma surpresa, compraram um bolo para fazerem a minha despedida; nunca tinham feito isso antes... também deram-me um fio com um coração de prata de recordação delas) deixaram-me muito feliz e comovida com a atenção que tiveram para comigo... do Marcos, da Mina... do meu trajecto para o trabalho, da correria e do stress de Lisboa.

Penso que nunca senti-me tão em casa como aqui em Lisboa. É como se eu tivesse vivido sempre cá. Eu vou, mas a minha alma fica aqui. A vaguear pelas ruas no Outono dourado de folhas caídas no chão... quando o vento vier brincar com elas, eu também estarei a espalhá-las pelas ruas... ou nas noites de lua, quando o rio Tejo reflectir o seu brilho espelhando a sua beleza... nos braços do Cristo que espreita Lisboa do seu pedestal em Almada... estarei cá, enquanto os meus amigos lembrarem de mim, e sentirem a minha falta...estarei cá quando o Tomás sentar no recreio e sentir a minha falta e, por engano olhar para outra pessoa e disser "mamana, xenta...", ou a seguir ao almoço ele disser : "mamana, colo"... estarei cá quando o Bruno olhar para o céu e vir as nuvens cinzentas, e todos eles recordarem de mim ao ouvir o Carlos Paião e cantarem a Cinderela... estarei cá... todos os dias... em pensamento... estarei cá...

"quando louca te sentires
melhor vais estar
sempre que no Clapas
a tua imaginação te colocar"

(Sr. Balsa, não te zangues, fiz minhas as tuas palavras... ninguém poderia dizer tão bem aquilo que sinto... obrigada pelas tuas palavras...)
Vou estar sempre cá, porque louca sou a todo instante e a minha imaginação não é inconstante...

Não falarei aqui dos outros amigos, dos que não fizeram parte do meu mundo profissional, não gosto de misturar as coisas... mas para os que acompanham os meus minutos a sós... vocês sabem o quanto são importantes para mim. O quanto me encheram a vida de alegria, de cor, de esperança. Levo-os a todos no coração. Um beijo e até sempre...

domingo, 15 de novembro de 2009

dizer o teu nome é a minha oração
beijar a tua boca,
a minha tentação
olhar para ti é a minha bênção
sentir a tua mão na minha
é elevar-me ao céu..

sábado, 14 de novembro de 2009

Filipa,

Quis o destino que nos conhecêssemos em circunstâncias não muito boas. Lembro do primeiro dia em que vi-te. Vinhas ter com o teu irmão. Vocês falavam sobre coisas do prédio e eu fiquei a olhar-te. Admirei-te desde o primeiro instante. Vi em ti, um mulher lutadora, guerreira, decidida, inteligente, esperta. Mas tinhas um quê de ingenuidade no olhar que lembrava uma criança curiosa. Imaginei-te a brincar na rua, a correr descalça, a fazer traquinices. Rebelde, teimosa. Foi a primeira imagem que tive de ti. Em privado, o teu irmão usava aquelas palavras menos carinhosas que usa quando fala do universo feminino. E eu olhava para ele e tinha pena. Por ele não saber o que era ter carinho de família, não saber o quanto é bom termos uma irmã com quem partilhar ideias, experiências. Sentia pena de vê-lo, em seu castelo imaginário a soltar raios e coriscos, cego de ódio do mundo sem se dar a chance de abrir os olhos e conseguir enxergar o que se passava à sua volta. Sem se deixar conhecer, sem se deixar amar. Sem saber o que é amar. Sem querer saber o que é ser amado.
Como já to disse por várias vezes, és uma das pessoas que mais admiro. Acho-te, simplesmente, fantástica. Não há palavras para te descreverem. És, sem sombra de dúvidas, uma vencedora. Uma mulher que luta por aquilo que quer. Uma mãe extremosa. Uma amiga sem igual. Tenho pena de não poder ter privado mais da tua amizade. De não ter-mos tido mais tempo para conhecermo-nos mais. Tantas vezes quis ligar-te, mesmo que fosse apenas para dizer "oi". Mas tinha receio. Que o teu irmão ficasse chateado, que tu não gostasses de ser importunada... enfim... parvoíces... O facto é que não liguei. Não tive tempo de conhecer-te mais. De darmo-nos mais. Gostava que a tua sobrinha tivesse tido mais contacto convosco, com os primos. Mas penso que "Deus escreve certo por linhas tortas". Futuramente não poderemos, de todo, estar juntas. Mas levo-te no meu coração. Serás a tia que a Catarina vai aprender a admirar e amar de longe. Vou contar-lhe a tua história. E ensiná-la a admirar-te do mesmo modo como eu admiro. Vou ensiná-la a ver-te através dos meus olhos. E ela saberá que tem uma grande tia. Que lhe merece todo o respeito, o carinho e a admiração que só as grandes mulheres merecem. Pode ser que um dia nos voltemos a encontrar. E neste dia, as palavras serão desnecessárias para dizer-te o quanto agradeço as tuas palavras, o teu carinho. O quanto és importante na minha vida.
Por agora, agradeço a Deus ter-te conhecido. E ter sido aceite por ti e pelos teus filhos. Admiro-vos imenso, a ti e ao Galvão. Vocês são os pais que muitas crianças gostariam de ter. Espero poder ver-te antes de partir. Mas se não der, fica aqui o meu obrigada por tudo... adoro-te cunhada. E, não me chames ex-cunhada... lol... até porque o teu irmão não me dá o divórcio. lol... vou continuar casada com ele, é uma das condições imposta por ele para que eu leve a Catarina. Vou continuar a fazer parte da "mobília", mesmo estando distante.
Um beijo. E até breve, até um dia...

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Por vezes não acredito que me deixei levar por um sentimento que fez-me cegar completamente e não ver um palmo diante do meu nariz. Por vezes, custa-me a acreditar que me deixei enganar e pensar que podia ser feliz ao lado de alguém como o homem com quem casei. Tento rever-me, tento reconhecer-me ... perdi-me no tempo. Perdi-me quando acreditei ter encontrado o "tal" amor para sempre. Por este amor, enfrentei o preconceito da diferença de idades. Ignorei os conselhos do meu pai, dos meus manos e manas. Abandonei a minha pátria, os meus amigos, o meu trabalho, a minha vida. Segui um sonho. Uma ilusão. Com ele, atravessei um oceano. Tive que adaptar-me a um país e uma cultura diferentes. Chorei noites seguidas na mais absoluta solidão, enquanto ele confraternizava com amigos que não via há tempos. Por ele mudei a minha maneira de ser. De falar. Durante algum tempo, sem que me apercebesse, eu fui apenas uma "bonequinha", um brinquedo novo que se mostra aos amigos. Era "telecomandada". Não podia falar junto dos seus amigos, porque poderia dizer algo que não "soasse" bem. Não podia aproximar-me da família dele, porque estavam em "patamares" mais altos que eu. Não podia "dar confiança" às pessoas e deixar que me tratassem por tu. Não podia tratar as pessoas por tu. Não podia voltar a estudar, nem abrir conta em um banco "porque era estrangeira". Durante algum tempo, fui a mulher "perfeita". Sentava-me ao seu lado e sorria. Como uma cabeça de vento que não tem mais nada para oferecer para além de uma cara bonita e um corpo desejável.
Um dia cansei.
De ser brinquedo. De ser marioneta. O Pinóquio ganhou vida.
A partir daí, a boneca só tinha defeitos. Já pensava, mas as ideias não eram suas. Alguém as tinha posto em seu cérebro. Alguém "escrevia-lhe" o que dizer. A partir desta altura, comecei a ser imperfeita. Tantos defeitos eu ganhei! E nem sabia que os tinha. Por medo, por pena, por acomodação deixei-me ficar. Vivendo religiosamente para um casamento que existia apenas na minha cabeça. No papel. Nas aparências.
Com a minha gravidez, a minha mente abriu-se. Os meus sonhos renasceram. A minha filha deu-me vontade de viver. Renasci das cinzas, como uma fénix. Voltei a sentir-me bela, sentir-me gente, sentir-me mulher.
Hoje sei o que não quero. O que não aturo. O que não me serve.
Não quero ser infeliz para sempre. Não aturo "pancas" de ninguém, não engulo sapos vivos. Não me serve apenas "vegetar" pelos dias que me restam.
Quero, mereço e hei-de ser livre, feliz. Por mim. Pela minha sanidade mental, pela minha filha.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Quinta - Feira

Hoje tentei estar bem. Tentei não preocupar-me com nada. Apenas viver e aproveitar o lindo dia de sol que tivemos. Pela manhã; eu, a Sila e o Mário fomos com as meninas ao Campo Pequeno. Foi super divertido. Tivemos uma manhã encantadora. Com muitas brincadeiras e palhaçadas pelo meio. Mas ao fim da manhã, quando estávamos a almoçar... olhei para eles e senti o meu chão fugir. Era o meu penúltimo almoço com eles... o penúltimo almoço no sítio que eu adoptei como segunda casa. Algumas vezes, a primeira. O lugar onde, em meio a tanta "loucura", tanta inveja, tanta intriga... eu sobrevivi... cresci... aprendi.
Hoje sinto o coração pesado e a alma vazia. Falta um pouco de mim. Menos do que me faltará amanhã. Mas vou sobreviver. Vou ter forças. Sou forte. Lutadora. E hei-de conseguir...
Por hoje ficam as fotos de dois dias lindos... o Dia de S. Martinho e o dia de hoje. Não ponho todas para proteger os miúdos... mas ficam algumas... de muitas...

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Quase a acabar...

23.38HS...
O sono teima em não aparecer. Os dias passam a correr e o meu coração está apertado. Tenho tentado agir de forma natural, mas é-me difícil. Tento não sofrer, não chorar. Tento não sentir.
Foram 12 anos. A mesma rotina, o mesmo caminho percorrido... o mesmo carinho e dedicação, a mesma entrega de corpo e alma a tantos miúdos que, por ali passaram... os sorrisos, as pequenas vitórias, as minhas grandes conquistas. Sinto que vou deixar um pouco de mim, uma grande parte de mim. Sei que os meus queridos miúdos me vão esquecer... mas levo-os comigo... sorrisos, lágrimas, canções, abraços... um afecto verdadeiro. De ambas as partes. Está quase no fim.
Eu saberia que este dia chegaria. Pensei estar preparada para ele. Mas não estou. Aqui ficará um pouco de minha alma. Com o tempo aprendi a amar no sentido mais amplo da palavra. A amar a diferença, a imperfeição de corpos e de mentes. Aprendi que todo e qualquer ser humano é perfeito. Mesmo que não tenha todas as capacidades que os outros... mesmo que não seja tão inteligente, tão esperto, tão bonito...
Somos todos iguais... nas nossas diferenças. Nas nossas perfeições, imperfeições...
Só queremos, só desejamos uma coisa... ser felizes. E eu sei que contribuí para a felicidade de alguns, e também tive momentos muito felizes junto deles...
Agora sinto-me frágil... pequena. Só. Não mais os voltarei a ver, a ouvir-lhes a voz... a ralhar com as má criações ou a rir das parvoíces. Um dia, eles serão apenas eco do meu passado. E eu estarei esquecida... mas por agora existimos... uns para os outros... e custa-me deixá-los... custa-me partir.

sábado, 31 de outubro de 2009

A Semana

esta foi uma semana menos cansativa... apesar de ser a penúltima no colégio, tentei não dar muita importância ao assunto e agi sempre como se isso não me afectasse... tento estar bem comigo e com a minha decisão...
Tenho tirado muitas fotos da Catarina pelas ruas de Lisboa... tenho ido com ela a Museus, à Baixa, cinema... tenho feito de tudo um pouco para que ela leve boas recordações de cá. Futuramente ela voltará, eu sei... eu sinto... mas por agora, tento deixar boas lembranças na sua mente pequenina...
Apesar de tudo, o stress fez com que eu não pensasse muito. Na segunda, ela teve o ballet e antes de ir buscá-la, fui à igreja. Assisti à missa das 18hs. Na terça, fiz a culinária com os meus meninos. Na quarta tive reunião da escola da Catarina. Na quinta fui à Quinta Pedagógica dos Olivais. Um dos meus sítios predilectos cá em Lx. Como já lá vou há muitos anos com os meus meninos, todos já me conhecem. O engº Pedro, a Engª Margarida, a Cláudia, a Fernanda, a Cristina, a Sandra, o Ricardo... enfim... toda a equipa maravilhosa que faz daquele cantinho um lugar mágico. Na sexta voltámos à Quinta dos Olivais para assistir à queima dos espantalhos... Tivemos uma manhã muito agradável. Hoje, fui com a minha pimpolha à Baixa. Precisava tratar do seu Cartão do Cidadão. Quando saímos da Loja do Cidadão, passavam já das 14hs. Caminhámos de mãos dadas, como sempre, e fomos almoçar aos Armazéns do Chiado. Eu escolhi comida brasileira e a Catarina um menu italiano. Depois, ea quis ir à FNAC. Passámos lá grande parte da tarde... eu, encantada com a sua predilecção pelos livros... ela; deliciada a folhear, a descobrir, a ver todos os livros quanto a sua mão pequena alcançasse...
Quando saímos de lá era quase noite. Quando chegámos ao Alvalade, ela ainda quis pousar ao lado de um Frankstein que estava em frente ao Cinema de Alvalade (cinema City, passe a publicidade)... estava radiante por ser halloween... claro está que, agora está a ver um desenho do halloween... enquanto espera, ansiosamente que eu saia do computador para ler-lhe um dos livros que comprei-lhe...

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Dá-me a tua mão,
eu fecho os olhos e confio em ti...
sempre... para sempre...
Dá-me a tua mão...
ensina-me o caminho.
Seguir-te-ei às cegas...
por onde fores...para onde fores...
ouvirei o som da tua voz,
e saber-me-ei em casa.
Como o som do mar...
tua voz será meu guia
meu leito,
meu lar...

Drica Moura
Chove...
ando pelas ruas
com a chuva a cair-me no corpo
a lavar-me a cara,
a escorrer-me pelo rosto
sinto o frio das tuas mãos na minha pele
e o desejo do teu beijo na minha boca.

Chove...
o cinzento do dia
é como o meu coração
pesado... triste...

Chove...
eu fujo de ti, fujo de mim...
fujo de um sentimento que não devia existir...

Chove...
e as minhas lágrimas misturam-se à chuva
e lava-me a alma
e leva-me a vida...

Chove...
lá fora, cá dentro...
eu não sei onde estás...
mas sinto-te aqui...
a pulsar no meu peito...
a eternizar-se em minha mente...

Chove...
e vejo-te chegar
encharcado... a rir-se...
como criança feliz
que faz uma traquinice...

É assim que te vejo...
que te sinto
que te perco
que morro...
como beijo esquecido
como adeus nunca dito.

Drica Moura

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Para uma Amiga...

Sila,

conhecemo-nos há tão pouco tempo! Mas penso que não há timing para as amizades, para os sorrisos cúmplices, para a alegria de estarmos juntas.
Chegaste de mansinho... quase sem se deixar notar. Mas aos poucos revelaste o brilho de diamante que vem de ti. Sinceridade, honestidade, simplicidade, copanheirismo, carisma...
... tantas palavras para descrever uma pessoa que é única.
Havia tanto para dizermos, para fazermos... Mas o tempo urge...
Quero aproveitar cada segundo que passo ao pé de ti e de todos os outros que tanto amo... mas o meu sexto sentido alerta-me e afasto-me de vós... para que a separação seja menos dolorosa. Vou-vos deixar... Um pouco contra a minha vontade. Mas é preciso... é necessário.
Havemos de nos reencontrar um dia, quem sabe?
Mas, mesmo que isso não nos seja possível, nos vos esquecerei... porque uma amizade verdadeira resiste à distância, ao tempo... Ela reside em nossos corações. E vocês estarão sempre no meu... Conhecer-te foi, deveras, uma das melhores coisas que me aconteceu. Obrigada pelo carinho, pela tua amizade... por me ouvires... obrigada por seres quem és... exactamente como és...
Quando me vires afastar de vós... não penses que não quero a vossa companhia... não penses que troquei a tua amizade por um café (:p)... se não vou à tua sala na minha hora de almoço, é apenas para não sofrer mais ... futuramente...
Há pessoas que nos marcam mais... outras menos... tu, a Cidália, a Fran, o Paulo... entre outros... marcaram-me imenso... e vai ser difícil quebrar os laços... há quem não entenda o que sinto... não importa... mas aprendi que família não é apenas os que dividem o sangue. A família pode ser quem nos acolhe em seu coração... e vocês são a minha família d´além mar...
adoro-te... adoro-vos...

P.S.: não julgues que conheces o meu coração... rs... sabes a que me refiro... ;)

Dri

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Sobre a Semana

... estou quase a ir embora. Quase a romper com os laços ténues que me prendem cá. Esta semana foi um bocado triste, embora saiba que é o melhor para mim e para a minha filha.
Durante esta semana a Sílvia não veio trabalhar; estava doente. Eu fiquei a substituí-la juntamente com a Francisca. Ontem à tarde, o João (prof. de música) foi à sala dar aula... pegou na viola e perguntou se os miúdos queriam cantar-me uma música. Eles disseram que sim. Cantaram duas músicas. Cinderela do Carlos Paião e Foi Feitiço, do André Sardet. A meio da primeira canção eu já derretia-me. Mas quando cantaram Foi Feitiço... bem... o que ainda havia de auto-controle em mim, desapareceu. As lágrimas cairam copiosamente pelo meu rosto. Sei que tenho que "segurar-me"... mas não consigo. Adoro aquelas pestinhas. O colégio Claparède é, sem sombra de dúvidas a minha segunda casa cá. Muitas das minhas "crises existenciais" foram curadas dentro daquelas paredes... tive chatices, é verdade... muitas... mas o amor que sinto pelos "putos" superou tudo... sempre...
Estou feliz em voltar para casa. Poder estar perto dos que me amam de verdade... que se importam comigo... sinto falta do aconchego de um lar, de pessoas à minha volta, sinto falta de acordar com a casa cheia... e é a isso que tenho que me agarrar... ao amor mais verdadeiro e sincero que tenho por parte da minha família.
Mas também sei que vai ser complicado de início. Vou sentir falta dos meus "piolhos"... mas já sei o que fazer quanto a isso... deixar doer enquanto doer... há coisas que só o tempo cura... hei-de habituar-me à distância e a ausência física deles... como eles, também logo me esquecerão... por agora vou vivendo cada momento como se fosse único... como se fosse mágico. Sabendo que faltam apenas mais uns dias... apenas mais umas semanas...
Por agora vôo com eles, "num voo sem asas... sendo luz que acende a noite, num voo que vai ao fim do mundo e volta na volta de um beijo...mergulhando num mar de abraços, seguindo impulsos...apanhando sustos...sem saber qual o feitiço que me aconteceu, para gostar tanto assim de alguém..." como eles...

terça-feira, 13 de outubro de 2009

In Cultura

Estupefacta.Incrédula.Desiludida.Decepcionada. Foi assim que senti-me hoje enquanto assistia ao Nós Por Cá na SIC e; ainda sem acreditar, vi o telejornal do mesmo canal para constatar que era mesmo verdade. Maitê Proença, considerada uma das grandes actrizes brasileiras fez um vídeo cá em Lisboa em que denigre, ainda mais, a imagem dos portugueses em terras brasileiras. No vídeo, a actriz mostra a vila de Sintra e, chama a atenção do câmera para uma portada em que o número 3 está posto ao contrário. Depois critica o serviço de um hotel 5 estrelas onde ficou hospedada. Dizendo que pediu ajuda para arranjar o seu portátil e o senhor que lá apareceu " olhava para o meu mouse como se estivesse a olhar para uma capivara". Palavras da actriz... na seqüência do infeliz comentário, a actriz diz, com ar indignado, que o senhor pediu ajuda a um amigo e o amigo era o porteiro. Será que, por ser porteiro o senhor seria de Marte e nunca teria visto um portátil? Se calhar, a actriz pensa que por ser porteiro, o senhor não saberia mais nada de nada... apenas entenderia da sua função... Assim sendo, depreende-se que, visto ela ser actriz, também só sabe representar. Daí a sua falta de competência para fazer um vídeo em que saiba falar de Lisboa, da sua História, da sua cultura, da sua gente.
Mais adiante, o vídeo mostra uma imagem de uma Maitê nos Jerónimos, junto de uma fonte a cuspir para dentro da mesma. A falta de educação e cultura desta actriz é, sem sombra de dúvida, maior que o seu talento. Associada aos infelizes episódios, vemos a actriz sentada (e muito mal, diga-se de pasagem) no programa Saia Justa, com os pés em cima do sofá, numa atitude de "à vontade" que deve ser usada apenas em nossas casas e, não em frente às câmaras de televisão. Infelizmente há pessoas que querem aparecer a qualquer custo e, a Maitê, será lembrada por cá, pelos piores motivos. A sua atitude de desrespeito e falta de educação e consideração para com um povo que a recebe de braços abertos, só demonstra que há "cães que não conhecem o dono". É uma atitude que pode ser traduzida por "cuspir no prato onde se comeu". Penso que é uma frase que lhe fica a matar.
Fico a pensar qual seria a reacção desta senhora, ao receber em sua casa alguém que resolvesse fazer um vídeo e mostrar os seus "podres". Sentar à sua mesa e cuspir-lhe no prato. Indignação? Revolta? Raiva? Calar-se-ia? apresentar-lhe-ia a porta da rua?
Quem somos nós, brasileiros, para criticarmos a nossa língua materna, quando a maioria nem sabe ler. Quando vemos tantas "calinadas", tantos erros na "nossa" língua? (Herdada dos Portugueses)... que direito temos nós de criticar um engano ao pôr um número numa porta, quando vemos, diáriamente nos outdoors, nos botecos de esquina... em todos os lados, os erros de grafia ao escrever o "nosso" português? Que direito temos em criticar um país que foi condescendente ao aceitar e aprovar um acordo ortográfico em que beneficia tanto os brasileiros?
Que educação damos aos nossos jovens ao mostrar um vídeo em que uma das grandes actrizes brasileiras vai a terras estrangeiras e cospe em símbolos da sua cultura?
É por estas e outras, que ficamos todos conhecidos pelos piores motivos, pelas piores razões... que somos "barrados na Disneylândia", que temos dificuldades em obter vistos para os EUA...Canadá e outros países. É por estas e outras, que nós, brasileiros nunca havemos de chegar aos pés do país irmão. Sim, aqui também se erra, aqui também se cometem erros de português,aqui também há pessoas que não sabem de informática. Mas aqui, também há pessoas educadas, cultas, inteligentes... que nos recebem de braços abertos. Que admiram a nossa maneira descontraída de ser, que gostam do nosso samba, da nossa caipirinha, que nos respeitam enquanto pessoas, enquanto grande nação que somos. E é por estas pessoas, que venho deixar o meu testemunho e a minha indignação perante o ocorrido. É pela minha filha (portuguesa, alfacinha de gema) que peço desculpas pela falta de educação de uma conterrânea que, demonstra o quão grande é o seu talento. Que sai dos palcos de teatro, de trás das câmeras de televisão, dos livros que escreve e vem mostrar o seu lado de humor negro e decadente, insultando uma nação. Sem respeito pela sua cultura, sua História, e pelo seu bem mais precioso... seu povo. Um povo que a idolatra, que a recebe com honras e consideração...
Aos amigos/as que cá tenho, o meu pedido de desculpa. À minha filha, o meu pedido de desculpa e um conselho... "faz aos outros o que desejas que te façam a ti..."
Para terminar os meus posts, costumo por uma foto, um vídeo ou qualquer coisa alusiva ao que escrevi... hoje resolvi não por nada. Nem foto, nem o vídeo, que para mim, é uma vergonha... um atestado de burrice e falta de cultura, de escárnio, de gozo completo para com uma nação, para com a "terrinha" em que habito há 12 anos. Penso que seria dar mais notoriedade a alguém que, neste momento, só envergonha o povo brasileiro. Do alto da minha indignação, só me apetece "descer do salto", "rodar a baiana" e oferecer a esta senhora, uma imagem do zé povinho ou um bilhete de camioneta para as Caldas da Rainha (para as canecas, diga-se de passagem)... Perdoem-me o desabafo, mas há coisas que não consigo engolir...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Início de Semana

Hummmm... hoje soube-me bem acordar cedo, antes mesmo do sol nascer. Sou como as galinhas, adoro acordar cedo... ouvir os pássaros a chilrear anunciando um novo dia. Ficar a olhar para o céu e esperar o raiar da aurora. Ver o céu tingir-se de tons rosa, laranjas, amarelos... e depois, ver o astro rei surgir no horizonte... em todo o seu esplendor. Trazendo luz, levando as trevas. Iluminando o mundo e a minha alma. E, hoje soube-me mesmo bem ficar aqui... sentadinha à janela... em silêncio. Em comunhão com o Universo, com o meu interior. Orando uma prece de agradecimento e guardando cada detalhe na minha memória. Vi pombos a voar, aviões a fazerem-se à pista, nuvens que se desvaneciam como algodão doce, levadas pelo vento fresco da manhã. E daqui, da minha janela... vi Lisboa, o Tejo e tudo... vi o objecto do meu amor platónico. A Lisboa menina e moça da canção. Lisboa das sardinheiras à janela, das festas populares,dos eléctricos amarelos, dos palacetes e castelo. Lisboa alfacinha. Do fado e das guitarradas. Lisboa do meu amor, do meu encanto. Cidade natal da minha filha. Lisboa que aprendi a amar. Que também me ensinou a odiar. Estou quase a deixar-te Lisboa... quase a partir... mas a minha alma... esta pertence a ti.

sábado, 10 de outubro de 2009

Portugal a Votos



E é já neste fim de semana... Desta vez, para as Autárquicas. Eu não voto cá; embora tenha adquirido este direito por estar legalizada e pelos anos de residência que tenho em Lisboa... mas penso que não é só isso que faria ir às urnas. Apesar de amar Lisboa não sou Lisboeta, não sou Portuguesa... nem mesmo se eu tivesse tratado da minha cidadania iria votar. Serei sempre estrangeira cá.
Mas acho importante que as pessoas votem, que escolham ... que demonstrem a sua satisfação (ou não) para com as pessoas que governam a nossa cidade ou o nosso país. É um direito conquistado com muita luta. É a nossa maneira de mostrarmos a nossa opinião. Não sou a favor da abstenção. Penso que quando não vamos votar, estamos a demonstrar que "estamo-nos nas tintas" para tudo e para todos. Considero que são pessoas alienadas políticamente. Parecem estar a dizer a si mesmas que a sua opinião não conta. É como se não tivessem valor próprio.
Não é dessa maneira que pretendo educar a minha filha... quero que ela cresça com valores morais, cívicos. Para que saiba o seu valor enquanto pessoa, enquanto cidadã. Opinando, votando, escolhendo. Porque sós, não somos ninguém... mas unidos fazemos a diferença. Portanto votem... com convicção, com consciência. O futuro de todos pode depender de apenas um... um voto, por exemplo...

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O dia de hoje

Tive uma manhã fantástica... como faço todas as quintas-feiras, fui à Quinta Pedagógica com os "meus meninos"... quando lá cheguei, deixei-os com o engenheiro Pedro e fui à Biblioteca dos Olivais. Estava fechada para obras. Para não perder a manhã, fui ao Spacio. Visitei a minha amiga Lu e fui fazer umas comprinhas. Pensei em comprar qualquer coisa para mim. Mas, como já é hábito; entrei primeiro numa loja de roupas infantis. Claro está que comprei só para a Catarina... para mim... lol... fica para a próxima.
Por volta das 11hs voltei para a Quinta, estive a ver os miúdos a trabalharem... quando acabaram, foram mudar as botas, e eu fui ter com a Fernanda (uma das técnicas da Quinta) para pegar a calendarização para o primeiro trimestre escolar. Saímos a correr para não chegarmos atrasados.
À hora do almoço ( na minha hora), estive a falar com a minha amiga Fernanda (a ex - mulher do pai da Catarina... somos muito amigas. Ela é das pessoas que mais admiro e gosto cá em Portugal... somos muito parecidas... temos gostos parecidos, maneira de ser e de estar muito idênticas. É raro passarmos um dia sem nos falarmos... sinto como se ela fosse parte da minha família.
mas como nem tudo pode ser bom sempre... a tarde foi de cão... penso que há muito tempo que eu não rezava tanto para que acabasse o dia. Os meninos estavam calmos quando eu cheguei, a professora de ginástica veio buscá-los à sala e dividimos o grupo. Enquanto estavam divididos correu tudo bem; mas quando ficaram todos juntos outra vez, foi um Deus nos acuda. Uma das miúdas "virou-se" a mim e um colega dela não gostou da atitude e agrediu-a. Num piscar de olhos, eu tinha uma sala pelo avesso. Parecia um filme ... de terror,lol. Aos poucos e com alguns berros pelo meio, chamei-os à razão... e eles acalmaram. Saí de lá completamente estourada. Cansada. A desejar que fosse sexta-feira ao fim da tarde para não pensar que amanhã, há mais do mesmo...

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Fim de Semana Prolongado... o Resumo...

ou o que a preguiça me deixar escrever sobre...

Este foi um fim de semana maior. Sendo a segunda - feira feriado (Dia da República, deu para descansar um pouco mais. Soube-me mesmo bem não ter que levantar-me cedo para ir trabalhar. Aproveitei estes três dias para descansar... não fazer, rigorosamente, nada. Estar em paz comigo e comigo. No sábado a minha pequenina insistiu que tínhamos que fazer a marmelada. Como os marmelos já estavam mais que maduros e acabariam por estragar-se, fiz-lhe a vontade. Descasquei-os e com a ajuda dela, lavei-os e tirei os caroços. Pú-los a cozer. Quando estavam cozidos, veio a ajuda maior da Catarina. Dei-lhe a varinha mágica e ela adorou triturar os marmelos. Abriu o açúcar e despejou-o para dentro do tacho. Levei-os ao lume e deixei-os cozer. Ficou espectacular. A Catarina adorou provar a marmelada quente. Só é pena que depois de pronta, ela não lhe toca. É como os bolos, pede-me para os fazer e depois não os come... lol...
Ontem aproveitei para não fazer nada de nada. Tive um dia de cão. O progenitor da Catarina resolveu dar uma de "paizinho" aproveitou para me estragar o dia. Mas agora falta pouco para acabar o meu martírio. São só mais algumas semanas.
Hoje, tinha combinado de sairmos com uma amiguinha da minha filha, mas São Pedro resolveu dar o ar da sua graça e mandou uma chuvinha deliciosa. Resultado: ficámos em casa a fazer uma sessão de cinema como já não fazíamos há algum tempo. Com direito a pipocas e coca-cola...
Amanhã...
bem, amanhã será um novo dia. Cansativo, mas abençoado. Estarei mais perto do meu grande objectivo de vida. Paz, amor, sossego...
Por enquanto ficam as fotografias da marmelada... e da alegria da minha pequena ao fazer algo tão maravilhoso que é estar à volta de tachos e panelas... e cozinhar com amor. Dar o melhor de nós em tudo o que fazemos. Para ela, foi uma aventura. Saber como se faz a marmelada. Sentir o cheiro que ela tanto gosta e, desta feita, com a ajuda das suas mãos pequeninas.

sábado, 3 de outubro de 2009

Confusão de Sentimentos

Hoje tropecei em mim... no que ainda existe de mim... Confusão de sentimentos. Estou bem, sinto-me bem... comigo, com a minha decisão. Mas, no fundo, a minha alma chora. Sinto vontade de me recolher, sózinha. Em um canto escuro e chorar. Deixar a alma ficar vazia. A mente vazia. Estou feliz de ir para casa. Estou feliz por saber que me esperam, pessoas que me amam de verdade. Que são felizes pelo simples facto de eu existir. Mas há algo em mim que não me deixa descansar. Um sentimento platónico. Mas não o posso ignorar. Ele está cá. E magoa. Como se fosse uma erva daninha, como se fosse um espinho. Não é amor. Não arriscar-me-ia a amar outra vez. Mas há algo... um incómodo, talvez... sei que vou ultrapassar. Mas até este dia... ele estará cá... a fazer-se sentir, a fazer-se notar. Embora eu disfarce... embora não lhe dê atenção... fujo dele... fujo de mim. Fujo de um sofrimento desnecessário.
Há uma música do Josh Groban que diz, exactamente, o que sinto neste momento. Aqui fica a letra e o vídeo... pode ser que, desta maneira eu consiga exorcizar o meu fantasma. Expondo-o à luz do sol... expondo a sua fragilidade... tirando-o do armário e deixando-o ao calor... talvez assim... talvez...

AléJate
Josh Groban
Composição: Albert Hammond / Marti Sharon - Adaptação p/Espanhol por Claudia Brant

Jamás sentí en el alma tanto amor
Y nadie más que tu me amó
Por ti reí y llore
Renací también
Lo que tuve di
Por tenerte aquí
Ya sé que despedirnos es mejor
Sufriendo pagaré mi error
Ya nada será igual
Lo tengo que aceptar
Y hallar la fuerza en mi para este adiós
Chorus:
Aléjate
No puedo mas
Ya no hay manera de volver el tiempo atrás
Olvídate de mi
Y déjame seguir
A solas con mi soledad
Aléjate
Ya dime adiós
Y me resignaré a seguir sin tu calor
Y jamás entenderé
Que fue lo que pasó
Si nada puedo hacer
Aléjate
No voy a arrepentirme del ayer
Amándote y ser mujer
Por el amor aquel
Por serte siempre fiel
Hoy tengo que ser fuerte y aprender


Quando eu não estiver aqui...

Sentirás a minha falta,
quando eu não estiver aqui?
Lembrar-te-ás de mim,
quando já não ouvires a minha voz?
Como será o teu amanhecer, o teu acordar?
Lembrar-te-ás de mim,
quando sentires o aroma do café...
quando acenderes o teu cigarro?
Quanto tempo se leva até esquecer alguém?
Quanto tempo levará para que a minha imagem
seja apagada da tua memória?
Para ti morrerei logo que não me vejas...
Para mim...
estarás sempre presente...
sempre aqui...
Drica Moura

Brincadeiras de meninos...

- Mãe, dá-me um gormiti? pergunta-me ela.
- Filha,isto é brinquedo para meninos... não tem a menor piada...
- Vá lá, mãe... só um... pode ser o mais barato para não te chateares...
- Catarina, tens imensos brinquedos em casa e não ligas nenhuma a eles... quando muito manda-os para a banheira para eu ficar irritada...
- Prometo que cuido bem dos gormiti... (insiste ela).
Após muita insistência e muito cansaço de ouvir falar nos tais gormitis, resolvi dar-lhe uns bonecos para ver a reacção...
Pensei que ela não lhes fosse dar importância. Enganei-me... quase não dormia a pensar nos bonecos... ainda não os largou. Hoje, quando acordou, disse-me:
- Mãe, diz-me que não foi um sonho... é mesmo verdade que tu me destes uns gormitis?
Desatei a rir... ela gostou mesmo dos bonecos.
À tarde, ela ainda não os tinha largado... punha-os na banheira para mudar de cor... andava com eles atados aos pés... enfim... brincadeiras de um mundo onde eu já não tenho acesso... e, eu, curiosa... perguntei-lhe:
- Ainda não te cansaste dos bonecos? porque não pegas numa barbie e vais brincar com ela?
Resposta:
- Os brinquedos de meninas são muito mimosos... não gosto deles...

Será que ela vai ser maria-rapaz? lololol...

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Retrospectiva da semana...

Esta foi, deveras, uma semana cansativa. Uma das professoras do colégio onde trabalho foi embora e, como sempre... tinha que sobrar para alguém. Como eu sou a auxiliar da sala estou a tempo inteiro com os miúdos ( que, diga-se de passagem; são umas pestinhas). Hoje não tive, sequer, hora de almoço. Estou exausta.
Na quarta-feira, era dia de piscina da Catarina... ela não quis ir. Não gosta do novo professor. Diz que ele não é nada simpático e que não gosta dele. Como tínhamos sido convidadas para irmos jantar à casa de um casal amigo, pai de uns amigos da Catarina, disse-lhes que sim... ao menos aliviava a Catarina da tensão da piscina. Divertimo-nos imenso. A minha filha, educada como ela só, pediu-me para comprarmos umas flores para levar e fui com ela escolher as flores. Ela escolheu lírios e umas ramagens... ficou um lindo ramo. Para os amiguinhos quis levar bombons. Também escolhidos por ela. Pelo andar da carruagem, ela há-de ser uma miúda muito querida e simpática. (Sai à mãe... lol). A Rosana gostou imenso das flores e os miúdos dos bombons. Brincaram até cansar. E, quanto ao jantar, a Catarina foi impecável. Como boa italiana que é, a Rosana fez uma pasta gratinada que estava uma delícia. A minha filhota comeu tudo e disse que estava uma delícia.
Na terça-feira, fiz uma marmelada no colégio... ficou the best... o maior elogio que recebi foi a Cidália dizer-me que estava deliciosa... ela é muito especial para mim... e um elogio dela é qualquer coisa de especial. Outro elogio, foi deixar a marmelada no tacho e, no dia seguinte, encontrá-lo vazio... lolol... para quem estava à espera de provar, não teve piada... mas encarei a coisa como um elogio... a marmelada ficou tão boa, que não sobrou para contar a história.
Tenho andado mais próxima da Sila... que é um doce(mais que a marmelada)... a Francisca, o Paulo e a Cidália também são pessoas muito especiais... e tenho tentado afastar-me um pouco deles. Vou sentir muita falta de os ter por perto.
Agora falta pouco para deixá-los... e vou sentir muita falta...
Dos meninos... é melhor nem falar... desde que cá cheguei, há 12 anos, que eles têm sido muito especiais para mim. Graças a eles, superei muitos dos problemas da minha vida. Eles foram a minha terapia, o meu divã... o meu escape... o meu chão... aprendi muito com eles... sobre a vida, sobre a fragilidade humana... sobre sentimentos e laços que, não sendo consagüíneos, são tão fortes quanto...
Quanto mais se aproxima a hora do adeus, mais o meu coração fica apertado...
... mas há-de correr tudo pelo melhor... espero eu...

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

és o que eu procurava
a palavra que eu cantava
o sonho que eu sonhava
e o que o me custava a querer
és o que eu amava
e ainda não te conhecia...
és o que eu desejava
mas sempre soube que a vida não mo daria...
és pedaço de mim
minha doce quimera
meu outono, meu inverno...
meu verão... minha primavera.
Drica Moura

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sobre o Fim de Semana




Este fim de semana foi muito cansativo para mim. Não sinto-me bem. Ando cansada, irritadiça, sem paciência. A ansiedade e o receio apoderam-se de mim. Não consigo pensar com calma. No sábado quis recolher-me... esconder-me... só queria ficar deitada e dormir. Até não ter mais sono... mas como estava com uma constipação, não consegui descansar. No domingo, enchi-me de coragem e fui dar um passeio pela Baixa de Lisboa...
Saímos no Martim Moniz, apanhámos o eléctrico para o Miradouro de Santa Luzia... apreciámos a vista linda que se tem lá de cima... a nostalgia começou a invadir-me a alma e fomos dar uma volta ao Castelo. Um dos locais preferidos da minha filha e meu também... percorremos todo o Castelo... vimos uma pavoa com os filhotes, apreciámos o pôr-de-sol, vimos os barcos no Tejo... fomos ao Museu ( a Catarina adora Museus)... percorremos todos os recantos, depois apanhámos o autocarro para a Baixa... subimos até à Brasileira, vimos o Pessoa... fomos ao Bairro Alto. Eu não quis demorar-me, queria saber o resultado das eleições... viemos para casa por volta das 22hs... liguei a tv e vi que o PS havia ganho; não com maioria absoluta como desejava. Mas ganhou... daqui há alguns meses haverá mais eleições...
A minha filha foi com o pai votar. Gosto que ela aprenda que votar é um direito de cada cidadão; não uma obrigação.É o nosso direito de optar, de dizer o que achamos bem ou mal... de demonstrar a nossa satisfação ou não com quem exerce o poder, é o nosso poder de decisão. Quero que ela cresça sabendo que tem voz activa, mesmo que seja num pequeno gesto... porque muitos somos um...
Ela só não ficou satisfeita porque, para ela; o ideal seria votar no "coração" e o pai não a deixou marcar o X no coração... lolol... (penso que vai ser uma romântica incurável... lol). depois ponho aqui as fotos do fim de semana... agora vou descansar porque ainda não estou bem... mas a minha constipação não é gripe A... é gripe abecedário... lolol... bye

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Cansada... é como sinto-me hoje.

De volta à rotina de mais um ano lectivo com todos os prós e contras que isto tem... Para além do stress do trabalho no colégio, tenho (também) o stress das rotinas da Catarina. Na segunda - feira, recomeçaram as aulas de ballet e hoje as de natação. São duas actividades que ela adora. A natação foi uma escolha minha, visto que a Catarina (desde bebé), só sentia-se bem dentro de água. Desde o dia em que cheguei da maternidade com ela, que só conseguia dormir por voltas das 2:30hs da manhã; quando já exausta de tentar tudo e mais alguma coisa para ela dormir, tinha que pô-la na banheira porque a minha filhota era uma chorona de primeira. Dentro da banheira ela acalmava, nem parecia existir um bebé cá em casa. Aos 3 meses de idade (e farta de tanto cansaço; quase à beira de um ataque de nervos) resolvi levá-la à piscina dos Bombeiros de Alvalade. Acharam-lhe imensa piada e a Catarina passou a ser o bebé mais novo da piscina. Era a mascote das professoras e das crianças mais crescidas. Desde que foi para a piscina, passou a dar-me noites mais tranquilas. Aos três anos, pediu-me para pô-la no ballet. Eu convenci-me de que ela só me fazia tal pedido inspirada no desenho da Barbie, O Lago dos Cisnes... telefonei para a professora Cristina e marquei uma aula de teste, convencidíssima de que ela não iria gostar. Saí de lá entre orgulhosa e desapontada. O meu piolhinho era mais teimosa que eu...lolol... a professora ficou feliz porque ela gostou da aula e revelou algum "jeito" para a dança. Matriculei-a e lá está até hoje.
No ano passado mudei-a de piscina e ela fazia as aulas aos sábados. Este ano não consegui vagas para o mesmo horário e ela está a fazer a aula de natação à noite... è muito cansativo para mim, sair a correr do trabalho às 18hs e vir à casa pegar a Catarina e levá-la à natação: ou sair do trabalho a correr e ir pegá-la ao ballet.
Mas são as minhas obrigações como mãe... e faço-o com prazer, porque ela é realmente feliz quando está a praticar estes desportos... hoje estou mesmo de rastos... mas ela foi dormir feliz... e é isso o que me faz feliz... a felicidade da minha filha...

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Orgulho e Amor Próprio

Hoje fiz algo de que não devia orgulhar-me... mas, no fundo, sinto-me feliz comigo mesma. Vou explicar do princípio para que se entenda...
Desde há algum tempo que havia metido na cabeça que tinha que romper com o ciclo vicioso em que se tornou a minha vida aqui... um casamento que não existe para além do papel, um trabalho onde o ambiente é mesmo de se cortar à faca...
Nos finais de julho, uma das directoras do colégio chamou-me a mim e outra colega para perguntar se podia contar connosco para a colónia de férias que ia haver em agosto. Como eu precisava de dinheiro e só iria trabalhar 15 dias, concordei... também por esta altura, entrou no colégio uma "miúda" que nos foi apresentada e que iria ficar responsável pelo internato. Não nos foi dito que ela faria a colónia de férias. No dia em que era previsto eu começar a fazer a colónia, apresentei-me no colégio. Fui logo ouvindo coisas menos agradáveis sobre a tal "miúda" que lá estava a trabalhar. A tal que tinha-nos sido apresentada. Chamava-se XXX (o nome não interessa), estudante de psicologia e gostava de ser tratada por Drª. No primeiro dia não tivemos nenhum "choque", apesar de eu não ter ido com a cara dela. O meu sexto sentido não se costuma enganar. E eu, decididamente, não tinha gostado do ar da "menina". No terceiro dia estalou o verniz. Ela chamou-me ao escritório e disse-me que, como a carrinha grande não podia transportar os meninos à praia por estar com a chave partida na "coisinha (palavras de uma "menina" que se diz doutora, conduz; mas que não sabe que a "coisinha" onde ficou a chave partida, chama-se ignição), eu não teria lugar para ir à praia com os meninos, visto que eles seriam transportados na carrinha menor e os outros iriam no seu carro. Posta a questão, virou-se para mim, com um ar autoritário, e disse:
- Mas como a Adriana fica cá sem fazer nada, tem as casas de banho para limpar e os quartos para arrumar.
Fiquei estupefacta... parva... pensei não ter ouvido bem...
- Desculpa??!?!?! Penso que não ouvi bem... - respondi... Isto nunca fez parte das minhas funções cá dentro e não é hoje que vai fazer...
- Mas é uma coisa pontual,- disse-me ela- é só hoje.
Voltei a repetir o que lhe tinha dito e virei-lhe costas. Não que me fossem cair os parentes na lama por fazer isto. Mas a arrogância desta "menina" não tem limites...
Fiquei-lhe com um pó que nem a posso ver... claro está que não fiz o que ela queria, já que não podia ir à praia, ia aproveitar o dia para fazer o que bem me apetecesse. A Francisca (outra colega do colégio) ia ao Santa Maria com uma das alunas internas para levá-la a uma consulta (tarefa que seria da responsabilidade da "menina") e eu resolvi ir com ela. Estava mesmo a apetecer-me contrariar a "menina".
Depois desse dia, falei com a directora e, por outros motivos que não são relevantes, fui dispensada de ir ao colégio a partir do dia seguinte.
Depois das férias, voltei ao colégio e, para meu desapontamento, a "menina" continuava lá. Está com um contracto de estágio profissional e vai ficar lá por um tempo. Claro que não lhe falo, só o essencial, por causa da minha boa educação. De resto, ignoro-a completamente.
Hoje, porém...
estava eu bem sentadinha no café onde costumo ir na minha hora de almoço, e qual não foi o meu espanto quando vejo alguém chegar, pegar uma cadeira e sentar-se em frente a mim... levantei os olhos e vi o Mário (professor do colégio) e a "menina"... por um segundo pensei que não estivesse a ver bem. Deu-me um nervoso miudinho e mudei de expressão. Assim, sem mais nem menos, sem um boa-tarde, sem um "com licença"... sem me pedir permissão, aquela alminha, senta-se à minha mesa, como se me conhecesse de algum lado, como se fosse bem vinda...
A minha educação não me permitia que eu fosse mal-educada... fiz algo que vai contra os meus princípios...
- Peço desculpas, mas eu estava de saída.
Levantei-me, peguei nas minhas coisas e fui embora. Claro está que não deveria ser eu a ir embora. Mas não consigo estar com pessoas de quem não gosto. Claro que falta chá a determinadas pessoas. Claro que educação não é para toda a gente... claro que há quem não tenha dois dedinhos de testa e não saiba entender quando se é personna non gratta... e, para o meu próprio bem estar, levantei-me e fui embora...claro está que a aprendiz de Hittler ficou com um ar parvo sem entender muito bem o que se tinha passado... mas senti-me tão bem!!!
Senti-me feliz com a minha coragem, por saber que "os tenho no sítio"... por não ter que fazer frete e aguentar a presença de alguém a quem detesto, só para não ser mal entendida... Senti-me orgulhosa de mim e da minha atitude... só espero que ela, finalmente entenda que não a quero por perto... que não quero falsas amizades, e que não preciso de lobos em pele de cordeiro.

sábado, 19 de setembro de 2009

A tão esperada Fada do Dente


20:15hs...
- Mãe, tenho o dente mesmo à beirinha da boca...
- À beirinha da boca?
- Sim... está a cair.
Eu gelei... e agora? O que fazer?
- Filha, vamos ver o dente...
Pusemos o desenho que estávamos a ver, no modo de pausa, ligámos a luz... Ela feliz da vida, a saltitar... a boca escancarada para eu ver...
O dente estava mesmo a cair... Um suor frio percorreu-me o corpo. Quem iria ter coragem para puxar-lhe o dentinho? E se doesse? E se deitasse sangue?
Tirei-lhe uma fotografia do dente quase a cair... Não queria mostrar-lhe o meu pânico.
- Filha; vai mostrar ao teu pai... vê se ele consegue puxar...
- Vai doer? pergunta-me ela. A pergunta fatal...
- Não dói. Nem vais sentir...
Ela foi... mostrou ao pai... mas ele não teve coragem.
- A mãe puxa-te isto num piscar de olhos, vais ver... é só atar com um fio dental e puxar...
A mãe... sempre a mãe...
O sangue gelou-me nas veias. Ia caber-me a mim a difícil tarefa de puxar-lhe o dente... mas como amor de mãe é maior que tudo, mãos de mãe são como mãos de fada...
arranjei coragem não sei onde, peguei no fio dental, atei à volta do dente... e puxei... não saiu à primeira vez... puxei de novo... e ele veio com o fio... lindo... pequeno, branco e saudável... sem sangue, sem dor, sem lágrimas. Recebi o seu abraço e o seu sorriso desdentado. Tal e qual como quando era bebé... e me sorria com boca e olhos...
O pai reclamou logo o "seu" prémio... o primeiro dente da Catarina seria seu, por direito... para mandar pôr uma corôa e pôr num fio... claro que penso que não é justo, mas não ia criar caso por uma bobagem... dei-lhe o dente para guardar. Cairão outros e poderei guardá-los...
Ela; feliz da vida, disse que queria o dente para pôr em baixo da almofada... se não o pusesse a fadinha do dente não dar-lhe-ia um presente. Confortei-a... as fadinhas são muito inteligentes e sabem a quem falta um dente... e não se enganam na criança... ela acreditou e veio deitar-se... terminámos de ver o desenho, ela deu-me um beijo, virou para o lado e adormeceu... Talvez sonhe com a fada do dente... talvez se deixe levar pela doce ilusão de um conto de fadas... amanhã terá uma moeda em baixo da almofada... e terei feito o eu papel de mãe-fada... na esperança de ter coragem para os outros que seguir-se-ão...
A minha filha está a crescer...

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Sou mesmo Leão... ou melhor; Leoa...

Com a chegada do 2º mês do Inverno o Sol chega a Leão, sendo que este é um signo onde ele se sente em casa, bastante à vontade. Se o signo anterior, Câncer, se traduz pela mãe e pela família dando proteção e afecto para que a criança tenha uma estructura psicológica/emocional sólida e segura, em Leão essa criança já cresceu e está pronta para derramar ao redor de si toda a criatividade que suas vocações e talentos naturais têm necessidade de exteriorizar.

É que o alimento emocional da família canceriana (o signo anterior) possibilitou a autoestima que fará com que Leão busque actuar na escala da grandeza, irradiando a alegria de viver, o prazer de se divertir e amar, as habilidades pessoais e a capacidade de comando. Leão dá especial atenção ao papel que ambiciona para si mesmo e ao desempenho exigido para que possa ser admirado e querido.

Assim como quando o Sol nasce põe fim à noite e quando se vai dá fim ao dia, se os leoninos entram em algum lugar causam impacto e costumam ser imediatamente percebidos. Roubam a cena. E, muitas vezes, quando se retiram deixam uma sensação de vazio.

É a autoestima que move os leoninos na direção das melhores coisas: a busca de boas e belas roupas, de destaque nas actividades em que se comprometem, de satisfação nas aventuras, de alegria nos divertimentos e de prazer na conquista de um grande amor.

Leão não é necessariamente a imagem típica de um relacionamento – isso está mais para Libra -, mas é sem dúvida o signo que prima pela idéia de romance. Seus envolvimentos não podem ser ligações afectivas serenas, muito pelo contrário! O encontro de Leão com a pessoa amada precisa ser envolto numa atmosfera intensa e grandiosa, com demonstrações dramáticas e excitação quase cinematográfica: uma verdadeira história de amor! Manter o clima de expectativa, incerteza, conquista e paixão inicial é o factor maior de mobilização num relacionamento leonino. Tudo isso permeado por muita dedicação e lealdade.

Como Leão está profundamente ligado à ideia de amor pelas nossas criações, um tema que remete diretamente ao universo leonino são os filhos. Se toda obra leonina contém e espelha a força de sua personalidade através da sua intensidade de propósito e criatividade natural, os filhos são, portanto, a grande realização humana. Eles são o maior projecto de nossas vidas e o mais identificado e indissociável de nós mesmos. Leão é a clássica figura do pai que protege e defende a prole, assim como um rei deveria cuidar dos seus súbditos. E, apesar de todo o seu enorme amor, não abre mão do exercício da autoridade e do acto de educar, transmitindo os seus valores e ideais particulares. Leão tem a capacidade de dirigir as actividades pessoais e alheias, gosta de que o respeitem e o consultem antes de tomarem qualquer decisão.

Outra característica leonina marcante é o seu gosto por diversão. Aqui ele extravasa toda a sua natureza jovial, buscando distrair-se em brincadeiras, prazeres e jogos – de preferência levando a melhor! É que Leão tem um gosto especial pela competição e por desportos.

Em função de todos os seus talentos e realizações, Leão é um signo profundamente envolvido pelo seu orgulho. E existem duas formas de orgulho, a saber: uma, que se caracteriza pelo amor-próprio, pela sensação de dever cumprido e pelo contentamento gerado na criação; e outra, que descamba para a soberba e arrogância, implicando em afectações de vaidade e narcisismo. O grande desafio leonino é combater esta última forma de orgulho.

Alguns leoninos também não suportam críticas. Mas a verdade é que, se pudessem ser um pouquinho mais humildes e ouvissem melhor os outros, poderiam aprender muito mais coisas e possuir uma sensibilidade mais apurada, não só das necessidades alheias mas de como as pessoas recebem as suas próprias ações. Contudo, a capacidade de autocrítica e a análise detalhada são atributos transmitidos pelo signo seguinte. Virgem...
(do site EStrela Guia www.estrelaguia.com.br)

Sete Semanas...

Sete semanas... a minha mente repete esta frase como se de um mantra se tratasse... sete semanas... uma oração, um refúgio...
Parte de mim anseia por este corte do cordão umbilical, parte de mim receia o momento final.
Estou a sofrer...
O meu orgulho não me deixa dizer em voz alta. O meu amor-próprio não me deixa demonstrar a ninguém o que me vai na alma.
Dentro em breve terei o meu último dia no meu local de trabalho... dentro em breve terei o meu último dia em Lisboa. A minha alma sofre. A minha mente diz-me que, talvez, seja o melhor para mim. Do outro lado do Oceano tenho uma família que me aguarda impaciente. Ansiosa. Tenho a promessa de um trabalho. Tenho a certeza de momentos em paz. Aqui, a minha alma sofre. No mais fundo do meu ser; custa-me a separação... com não sei o que... Tenho medo de um recomeço.
Por vezes, a força que vem de mim abandona-me. E deixo-me levar por lágrimas de tristeza e saudade não sei de que. De quem.
Rezo para que chegue o mais rápido possível o quebrar das correntes... o corte do cordão... Sete semanas... o meu mantra, o meu refúgio, a minha oração...
No mais íntimo de mim, desejo o momento do reencontro com a minha família, com os que amo... com amigos e amigas de verdade que anseiam pelo meu regresso... mas há algo que não me deixa em paz... algo que não sei o que é... que o meu coração não me deixa esquecer...
Muita coisa perdeu o sentido para mim. Sei o que o futuro me reserva. Uma vida calma, com um trabalho, família que me espera ao fim do dia. Uma filha a quem me dedicar.
Mas, no fundo; sei que faltar-me-á algo... terei parte de mim vazia... ôca... parte de mim que anseia por um beijo caliente, por um abraço que me aconchegue... Mas a outra parte de mim; calejada, experiente, magoada... nunca me vai deixar confiar outra vez em alguém. Amar outra vez... Foi nesta cidade que casei-me... foi nesta cidade que tive oportunidades que desperdicei... é nesta cidade que deixo a minha alegria... os meus sonhos... Aqui, onde cresci enquanto pessoa, aqui onde o meu coração revestiu-se de uma couraça onde nada entra. Como se eu tivesse lutado em mil guerras... Aqui vai ficar a minha ingenuidade, inocência... saudade...
Saudade de mim... de quem fui... de quem não poderei ser...
Um salto para o vazio, é assim que sinto este momento crucial da minha vida. Mas com a certeza de que o elástico do bungee jumping vai-me puxar de volta... e lembrar-me-ei da sensação da adrenalina a correr-me nas veias... e quando estiver, outra vez com os pés em terra firme, restará apenas a ilusão de uma aventura... de um salto no vazio... tirarei dos tornozelos a corda à qual estava atada... e poderei caminhar. Cabeça ao alto... ombros erguidos, a mente cheia de memórias... de sorrisos e alguns coisas menos boas. Mas que me foram úteis para a minha caminhada. Para o meu enriquecimento pessoal.
Por agora, deixo-me ficar... sentada em posição fetal, com os olhos rasos de água... com saudades de algo que não sei o que é... a tentar cortar os laços que me prendem cá... deixo-me levar pela nostalgia de Outono... que lentamente chega com o cheiro à marmelada, com passeios dourados pelas folhas de plátano... com os dias cinzentos e o vento frio que brinca com os meus cabelos... abraçada a mim mesma... só... como sempre fui... como hei-de ser...
sete semanas... apenas sete semanas me separam de um recomeço... e oxalá venha depressa... oxalá seja rápido o fim desta agonia... desta espera...

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A Gripe A e os seus estragos…

Na terça-feira à tarde, estava eu descansadinha da minha vida a trabalhar, quando a psicóloga do colégio onde eu trabalho chamou-me para atender a uma ligação da creche da Catarina. Fiquei apreensiva, claro está. A Guida (educadora da Catarina) foi uma simpatia e disse, muito calmamente, que a Catarina estava com febre (38,5º). Perguntou se eu a podia ir buscar à creche e que tinha que levá-la ao médico para ver o que ela tinha. A Drª Isabel Beirão (psicóloga do meu colégio) perguntou se eu queria ir buscá-la, mas eu disse que não. Liguei ao pai da Catarina e disse o que se tinha passado e pedi-lhe que a fosse pegar à creche logo que possível. Ontem não fui trabalhar para ficar a observar a Catarina e ver se ela tinha mais algum sintoma para além da febre. Felizmente, ela não apresenta mais nenhum sintoma, não tosse, não tem diarréia, não lhe dói o corpo, não tem suores frios… enfim. Hoje levei-a ao Centro de Saúde do Alvalade para que algum médico lhe visse e passasse um papelinho a dizer que a minha filha está bem de saúde, que não tem nada de contagioso e que pode freqüentar a creche. Aquilo está uma confusão. É mesmo de doidos. Ou não fosse o Centro de Saúde estar dentro do complexo do Hospital Júlio de Matos… lol… estão em obras e mudaram tudo. As consultas que eram no rés do chão, agora estão no primeiro andar. O Serviço Complementar, não tem médicos a atender porque os Srs. Doutores estão de férias. A minha médica de família, não me atendeu porque já tinha acabado as consultas. Vim de lá pior que estragada. Furiosa com tudo e com todos. Em conseqüência; a minha filha ficou sem assistência médica, perdeu uma semana de "aulas", não pôde ir à primeira aula de natação, e eu, fiquei em casa 2 dias seguidos por receio da pandemia da GRIPE A. Isto é mesmo de doidos… imagino o que acontecerá a partir de outubro e novembro; quando chegar o tempo mau. Vai ser uma festa para os que não gostam de trabalhar. Ao menor sintoma, ficam em casa para não contagirar ninguém… vai ser bonito, vai…

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Homenagem às Mães

Mães que visitam o meu "cantinho" no ciber espaço, esta é uma homenagem a nós... para que reflictamos na importância de uma mãe na vida das suas crias... lolol... realmente, somos o máximo... confiram...

Mãe – Nossa Primeira Professora
O Papel na mãe na educação…

Minha mãe ensinou-me a VALORIZAR O SORRISO….
‘RESPONDE-ME OUTRA VEZ E EU TE ARREBENTO OS DENTES!’

Minha mãe ensinou-me a DAR VALOR AO TRABALHO DOS OUTROS….
‘SE tu E o TEU IRMÃO QUEREM - SE MATAR, VÃO LÁ PARA FORA. ACABEI DE LIMPAR A CASA!’

Minha mãe ensinou-me LÓGICA E HIERARQUIA…
‘PORQUE EU DIGO QUE É ASSIM! PONTO FINAL! QUEM É QUE MANDA AQUI?’

Minha mãe ensinou-me o que é MOTIVAÇÃO…
‘CONTINUA CHORANDO QUE EU VOU - TE DAR UMA RAZÃO VERDADEIRA PARA CHORARES!’

Minha mãe ensino-um a CONTRADIÇÃO…
‘FECHA A BOCA E COME!’

Minha Mãe ensinou-me sobre ANTECIPAÇÃO…
‘ESPERA SÓ ATÉ TEU PAI CHEGAR À CASA!’

Minha Mãe me ensinou sobre PACIÊNCIA…
‘CALMA!… QUANDO CHEGARMOS EM CASA VAIS VER SÓ..’.

Minha Mãe ensinou-me a ENFRENTAR OS DESAFIOS…
‘OLHA PARA MIM! RESPONDA-ME QUANDO EU TE FIZER UMA PERGUNTA!’

Minha Mãe ensinou-me sobre RACIOCÍNIO LÓGICO…
‘SE CAIRES DESSA ÁRVORE VAIS QUEBRAR O PESCOÇO E EU VOU - TE DAR UMA SURRA!’

Minha Mãe ensinou-me MEDICINA…
‘PÁRA DE FAZER OLHOS TORTOS, MENINO! PODE PASSAR UM VENTO E VAIS FICAR ASSIM PARA SEMPRE.’

Minha Mãe me ensinou sobre o REINO ANIMAL…
‘SE NÃO COMER ESSES LEGUMES, OS BICHOS NA TUA BARRIGA VÃO-TE COMER!’

Minha Mãe me ensinou sobre SEXO…
‘…E COMO É QUE ACHAS QUE NASCESTE?’

Minha Mãe ensinou-me sobre GENÉTICA…
‘ ÉS IGUALZINHO AO TEU PAI!’

Minha Mãe ensinou-me sobre minhas RAÍZES…
‘PENSAS QUE NASCESTE EM FAMÍLIA RICA, É?’

Minha Mãe ensinou-me sobre a SABEDORIA DA IDADE…
‘QUANDO TIVERES A MINHA IDADE, VAIS ENTENDER.’

Minha Mãe ensinou-me sobre JUSTIÇA…
‘UM DIA TERÁS TEUS FILHOS, E EU ESPERO QUE ELES FAÇAM A TI O MESMO QUE ME FAZES A MIM! AÍ VAIS VER O QUE É BOM!’

Minha mãe ensinou-me SOBRE RELIGIÃO…
‘MELHOR REZAR PARA ESSA MANCHA SAIR DO TAPETE!’

Minha mãe ensinou-me SOBRE o BEIJO DE ESQUIMÓ…
‘SE RABISCAR DE NOVO, EU ESFREGO O TEU NARIZ NA PAREDE!’

Minha mãe ensinou-me SOBRE CONTORCIONISMO…
‘OLHA SÓ ESSA ORELHA! QUE NOJO!’

Minha mãe ensinou-me SOBRE DETERMINAÇÃO…
‘VAIS FICAR AÍ SENTADO ATÉ COMER TODA A COMIDA!’

Minha mãe ensinou-me habilidades como VENTRÍLOQUO…
‘NÃO RESMUNGUES! CALA ESSA BOCA E DIGA-ME, POR QUE É QUE FIZESTE ISSO?’

Minha mãe ensinou-me a SER OBJECTIVO…
‘EU TE AJEITO NUMA PANCADA SÓ!’

Minha mãe ensinou-me a OUVIR ……
‘SE NÃO BAIXARES O VOLUME; EU VOU AÍ E QUEBRO ESSE RÁDIO!’

Minha mãe ensinou-me a TER GOSTO PELOS ESTUDOS..
‘SE EU FOR AÍ E NÃO TIVERES TERMINADO ESSA LIÇÃO, JÁ SABES!…’

Minha mãe ajudou-me na COORDENAÇÃO MOTORA…
‘JUNTA AGORA ESSES BRINQUEDOS!! PEGA UM POR UM!!’

Minha mãe ensinou-me os NÚMEROS…
VOU CONTAR ATÉ DEZ. SE ESSE VASO NÃO APARECER LEVAS UMA TAREIA!’

Pois é... já deu para perceber a imporância que nós temos na educação dos nossos pimpolhos... lol... é por estas e por outras que temos que dizer : Obrigada Mãe !!!

Beijo

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mudança Radical...



Hoje mudei de visual ... again...
A minha mudança de atitude em relação à minha vida precisava, também de uma mudança que se reflectisse cá fora. A minha força interior e a minha repentina ânsia de mudança fizeram com que eu mudasse... por dentro e por fora... Deixei no cabeleireiro a antiga Adriana... e saí de lá ... sentindo-me uma outra pessoa... leve... feliz...
Claro que cheguei no colégio e ficaram a tirar-me as medidas... não ligo, já estou habituada... o que dantes me chateava, hoje recebo como um elogio. Se me olham de lado, se cochicham quando passo, encaro isso como um grande e rasgado elogio. Do alto dos meus 37 anos, fico feliz de saber que faço tremer as "meninas" de 20 e poucos...
A minha filha gostou do meu novo visual, a minha família também... eu amei... portanto; o resto é resto...

domingo, 13 de setembro de 2009

Do fim de semana

Este foi um fim de semana cansativo... ou sou eu que estou mesmo assim... De repente sinto que as forças vão-se escapando por entre os meus dedos. Na sexta - feira fui dormir às 4hs da manhã... a mina irmã que mora em Itália viajou para o Brasil, como não é novidade para ninguém que me conheça, amo a minha família e não o nego... ela viajou de Turim para Milão, onde apanhou o avião até Maceió. Chegou lá às 12hs (hora local do Brasil). O meu pai foi buscá-la ao aeroporto de Maceió. É uma viagem muito cansativa para se fazer de carro, mas a minha mana não tem saúde para fazer duas viagens tão longas num mesmo dia, e de avião ela ainda iria fazer um grande percurso para chegar à Natal. Eu e a Catarina ficamos acordadas até às 4hs da manhã (hora de Lisboa) para ver a chegada da minha mana à casa. A Andréia fez anos na 4ª feira, e a nossa mana Cláudia e as nossas primas fizeram-lhe uma surpresa. Esperavam-na com um bolo de anos e um churrasco. De cá, eu e a minha filhota acompanhávamos a festa pela net. A falar com as primas, amigas da minha mana, a Cláudia...
A cada hora que passava eu perguntava se pai já tinha dado notícias... se estava tudo bem... Chovia e as estradas, que já não são famosas, estavam escorregadias. O meu pai cuidadoso como só ele, vinha lento como uma tartaruga... De hora a hora a Cláudia ligava para ele, a perguntar se estava tudo bem...
A Catarina, em pulgas, ansiosa e feliz... desarrumava o seu baú de fatos de carnaval. Vestia tudo o que encontrava até encontrar o vestido que ela adora... o de dançarina de flamenco que usou no carnaval deste ano. Sentia-se nas nuvens e dividia a sua alegria com a prima Carol que dialogava com ela pelo Messenger... Abençoada tecnologia... a minha filha a vivenciar estes factos pela internet... realmente... uma criança do futuro... lol... no meu tempo, para matar a saudade tinha que se escrever uma carta, pôr no correio e esperar imenso tempo até receber uma resposta...
enfim... modernidades... lolol...
Às 4:02hs de cá, chegaram à casa... ouvimos os risos, vimos os abraços... cantámos os parabéns em uníssono... eles lá, nós cá... a minha mana Andréia ficou feliz da vida... ainda falamos um pouco com ela, mas só o suficiente para sabermos como correu a viagem e deixá-la desfrutar dos presentes... eu e Catarina desligamos o computador e fomos dormir... cansadas, mas felizes...
No sábado, a Catarina sentia-se só... talvez com saudades da prima e da família... eu liguei para a mãe de uma amiguinha dela e pedi que deixasse a filha vir passar a tarde cá em casa... a minha filha ficou radiante. Fomos à Quinta Pedagógica dos Olivais... elas divertiram-se imenso, brincaram, deram comida aos animais... posaram para as fotos... zangaram-se... fizeram as pazes... depois fomos ao Shopping dos Olivais para lanchar. Encontrei com uma amiga minha que foi connosco jantar. Fiquei mal disposta, visto que nunca janto (tento manter a linha)... Quando chegámos à casa, eu vinha mais morta que viva... uma é pouco... duas é demais... lol...
Hoje descansei o quanto pude... amanhã é dia de trabalho... infelizmente... embora goste imenso dos miúdos, há adultos lá no colégio que nem teria coragem de rifar para não vender um produto estragado... mas está quase... faltam só algumas semanas e já era...
Agora vou tentar dormir... sim; tentar... ando com insónias... não sei se vou conseguir pegar no sono antes das 3hs ou 4hs da manhã...
Acho que o Morpheu anda zangado comigo...lol

sábado, 12 de setembro de 2009

obrigada a ti
por dares-me a conhecer
novas sonoridades
por fazeres-me relembrar
sons antigos... velhas aquarelas...
pintadas com outras tonalidades...



obrigada a ti
caixinha de surpresas
por te revelares
em outra faceta
menino...homem...pintor
orador...cavalheiro...poeta...



obrigada a ti
sorriso e silêncio...
vírgulas e reticências...
por seres tão simples...
transparência...

Drica Moura

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

O princípio do Fim...

Agora é oficial. A passos lentos mas decididos, começa o fim de uma época da minha vida e aguardo com esperança o início de outra.
Numa confusão de sentimentos, os meus dias são vividos como se fossem o último dia da minha vida. Aproveito cada instante como se fosse o último. Aproveito cada instante da companhia das pessoas que me são queridas. Caminho os meus passos guardando cada detalhe das ruas na memória. A nostalgia invade a minha alma. Mas já não deixo que ela apodere-se de mim. Haverá tempo para isso. Numa outra altura.
Por agora, há coisas mais importantes a tratar. Passaportes da minha filha, documentos meus... toda uma parafernália burocrática que se repetirá no Brasil. Por ora, também é tempo de sonhar. De dar asas à imaginação, de acreditar. De vislumbrar um futuro pacífico e promissor. Por ora, é tempo de esperar. Ir escrevendo páginas que se preenchem de outras cores. O verde da esperança, o amarelo da alegria, o azul da serenidade e o branco da paz.
No coração irão as estrelas que fizeram-me sorrir, acreditar, sonhar, ousar. Estrelas a quem chamo de AMIGOS. E que estarão sempre no sítio mais privilegiado da minha constelação. Para trás ficarão as nebulosas, buracos negros, que por vezes ensombraram o meu céu. E meteoros que riscaram o infinito. Mas que passaram há anos luz de distância do meu desejo. Do meu querer.
Aqui fica o desejo e uma prece silenciosa ao firmamento, para que os Astros unam-se numa conjunção benéfica, propícia, favorável. E que as estrelas reescrevam o meu Destino.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Antecipadamente... Saudade...

Ando pelas ruas com saudade antecipando o que há-de vir. Olho para os prédios, casas, lojas... ouço os sons tão familiares. sinto a brisa suave na pele e sinto, já saudades... Em breve já não estarei cá. Em breve ouvirei outros sons, verei outras construções, sentirei a mesma brisa a tocar-me a pele, Mas estarei longe.
Por agora, tento desligar-me de Lisboa. Mas é-me difícil. Amo esta cidade. Não é o sítio onde nasci. Não é o sítio onde cresci. Mas sinto como se nunca tivesse saído de cá. Demorei a adaptar-me, demorei a "sentir-me" cá. Mas ao longo dos anos, o "encanto lisboeta" conquistou-me. Rendi-me a esta cidade, às suas histórias, às suas tradições. Foi aqui que senti a minha mente abrir-se para o Mundo, foi aqui que "cresci" enquanto pessoa. Foi aqui que chorei todas as lágrimas que tinha para chorar; de saudade, de tristeza, de dor. Foi nesta cidade que pensei começar o meu "... e viveram felizes para sempre" . É nesta cidade que enterro os meus sonhos...
De cá, levo uma grande "bagagem". Lições de vida que não aprenderia noutros sítios. Levo também o mais precioso de todos os bens que algum dia poderei ter. A minha filha. Alfacinha de gema.
Em nós, as duas, irá irá o "encanto de Lisboa". O fado. Irá a lembrança das tardes no Parque das Nações à beira do Tejo, da vista da Baixa de Lisboa, admirada a partir do Castelo. Ficarão em nossas memórias, as calçadas de Lisboa... as Festas de Verão, as sardinheiras à varanda. As sardinhas assadas e o cheiro dos manjericos. Levaremos os sons e sabores do Outono...e dos jacarandás em flor no Campo Pequeno. O cheiro a marmelo na fábrica de doces na nossa rua... das folhas de plátano caídas no chão... das castanhas a assar, do magusto... Vou sentir falta da ansiedade para ver as decorações de Natal na Av. da Igreja... vou sentir falta dos dias de nevoeiro... do frio de inverno... vou sentir saudades dos amigos e amigas que cá ficam. Das pessoas que me cativaram... e vou levá-lo(a)s no meu coração...


E aqui ficará a minha alma... à espera de um regresso que não acontecerá.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Feliz Aniversário

se estivesses aqui
cantar-te-ia os parabéns
se estivesses aqui
hoje haveria festa
a Catarina estaria feliz
e dir-te-ia, Parabéns Avó.
Mas não estás,
não há festa,
não há parabéns
estou só...

Mãe, onde quer que estejas, o meu amor... o meu carinho, o meu afecto estarão contigo. Amo-te.

sábado, 5 de setembro de 2009

Mais uma dos dentes...

" - Mãe, vão mesmo nascer-me outros dentes?
- Claro, filha. Não te preocupes.
- E os que nascerem a seguir a estes também caem?
- Não, filha. São permanentes.
- O que é permanente?
- Ficam para sempre.
- Para sempre? Mesmo?
- Sim. Para sempre mesmo.
- Então; porque os velhos não têm dentes?"

A seguir foi a vez do sermão, poucos doces, muitas lavagens, muitas escovagens, fio dental, visitas ao dentista... lolol

O que virá a seguir?

Felicidade Relactiva

Hoje a minha filhota chegou ao pé de mim e, feliz da vida disse:
"- Olha... mexe neste dente, ele está a abanar..."
Tinha um brilho especial no olhar... estava radiante. O seu primeiro dente a abanar... a seguir foi a vez do enxorrilho de perguntas : quanto tempo demora a cair? o que lhe vai acontecer? o que será que a fadinha dos dentes me vai dar? e porque ela leva-me o dente? de onde vem o novo dente?
A alegria dela deixou-me apreensiva. Lembrei de mim, quando comecei a perder os dentes... eu morria de medo de os arrancar... e agora sei que não vou ter coragem de puxar os dentinhos da Catarina... vai ser uma aflição... não gosto de lhe mostrar os meus medos e as minhas fraquezas; mas esta será, com certeza, um das vezes em que ela me vai ver com medo... eu dou a mão à palmatória, confesso... sou maricas... :)

Outro Ano lectivo...

Recomeça tudo na segunda-feira. A mesma rotina, os mesmos rostos, o mesmo trabalho... recomeça a vida de stress e correria... no fundo eu já sentia falta. Habituei-me aos miúdos e sinto saudades deles. Gosto imenso do meu trabalho. Mesmo que seja cansativo, por vezes chato,mas está entranhado em mim... faz parte de mim. Até mesmo o barulho dos putos fez-me falta. Estou ansiosa para os ver. Receber os abraços,os mimos... com um pouco de cuidado, claro está... o vírus da gripe A não perdoa... e não quero nem posso adoecer. Se eu adoeço a minha filha fica meio abandonada... não há quem olhe por ela se eu estiver doente. Por isso tenho que ter cuidados redobrados.
Mas, com todas os contras... quero mesmo recomeçar... um mês é muito tempo quando não se tem nada de especial para fazer. E mais ainda quando estamos longe de pessoas de quem gostamos. Senti falta da Cidália, da Sila (que tornou-se uma pessoa muito especial para mim), do Paulo, da Francisca, do Vilmar. Para vós que são especiais para mim, o meu obrigada, e o meu abraço... o meu afecto... até segunda...

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Vergonha...


Estava eu a navegar pelas páginas da net e encontrei algo que me deixou envergonhada. Tenho a certeza que muitos dos brasileiros, pelo menos aqueles que têm brio, que têm amor à Patria, mesmo que estejam a milhares de quilómetros dela, sentiram e sentem vergonha ao ver este vídeo...



É vergonhoso, embaraçoso, humilhante ver uma figura pública conhecida nacionalmente fazer uma figura destas. Onde esta senhora teria a cabeça para fazer isto? Fica aqui uma matéria que saiu no MIDIAMAX - um jornal do Mato Grosso do Sul ... e passo a citar :
" Cantora Vanusa dá vexame cantando hino nacional em SP
A cantora Vanusa, de 61 anos, que fez grande sucesso na Jovem Guarda na década de 70, fez feio e deu vexame ao cantar o hino nacional todo errado em um evento na Assembléia Legislativa de São Paulo (SP) em março. O vídeo que foi postado no último dia 19, no site Youtube teve mais de 30 mil acessos de ontem (29) para hoje (30). Com uma voz mole a cantora troca várias frases do hino e ainda improvisa no final.

O vexame só terminou quando a organização do evento cortou o microfone que cantora tentava interpretar o hino nacional.

Vanusa disse neste domingo (30), ao site G1 que vai procurar seu advogado para tirar da internet expressões que atribuem a uma suposta embriaguez o motivo de ter errado a letra do Hino Nacional durante apresentação na Assembléia Legislativa de São Paulo, em março deste ano. Vanusa afirma que naquele dia tomou dois comprimidos para labirintite, o que a deixou repetinamente desorientada.

"Eu ia cantar o Hino Nacional, mas tenho labirintite. Antes de ir para a Assembléia, eu tive uma discussão séria com meu filho. Tomei dois comprimidos de Vertix e fui fazer. Quando comecei a cantar, deu um estouro no meu ouvido e eu não conseguia concatenar a voz com o que eu estava lendo. Eu não enxergo direito. Eu fui caindo e me pegaram", conta a cantora.

Vanusa afirma que jamais faria uso de álcool ou drogas. "Eu fui casada com o Antônio Marcos, que era alcoólatra. Vou virar alcoólatra aos 61 anos? Eu sou a única cantora que fez uma música contra a droga. Sou totalmente contra droga."

Há 45 dias, Vanusa teve que deixar sua intensa agenda de lado por causa de um acidente doméstico, mas também pela labirintite. "A empregada botou um tapetinho na porta do meu quarto e esse tapetinho escorrega. Caí entre a cama e o rack da TV. Na hora não senti nenhuma dor. No outro dia, senti muita dor e fui para o médico."

Em um mês, a cantora se submeteu a três cirurgias na clavícula. "Primeiro colocaram um pino, que não parou. Colocaram uma placa, que também não parou e depois eles fizeram uma rede para segura minha clavícula. Estou de cama não só por causa do braço, mas porque minha labirintite foi ao extremo. Eu não posso levantar da cama."

Vanusa afirma que as crises de labirintite são provocadas pelo estresse. "Labirintite vem de stress. Quando tem muito stress, a labirintite ataca. Se eu sair na rua e alguém me ver, vão pensar que eu estou bêbada. Parece que a pessoa está bêbada, mas não é", afirmou.

Após a crise, Vanusa recebeu atendimento médico e um carro da Assembléia Legislativa a levou para casa. "Eu queria ir embora porque eu sabia o que era. Minha pressão não tinha modificado nada, estava boa." Vanusa afirma que antes de começar a tomar o Vertix ela usava o Depaferg. "Não estava adiantando. Eu troquei de médico e ele me deu o Vertix", afirma"

"Todos somos inocentes, até que se prove a culpa"

Na minha opinião; sabendo esta senhora o efeito do remédio, não devia ter ido actuar. Mais valia arranjar uma desculpa esfarrapada, a verdade nua e crua do que o papelão que fez. E, para além de tudo... acima de qualquer coisa... a vergonha que fez passar uma nação inteira.
Ao menos para isso servia a Ditadura no Brasil... ensinar aos Brasileiros os seus símbolos, brazões, hinos... lol
Para quem não sabe; aqui fica a letra do nosso Hino Nacional Brasileiro, escrito (1870 – 1927) por Joaquim Osório Duque Estrada, e música de Francisco Manuel da Silva (1795-1865). Tornando-se oficial oficial no dia 1 de setembro de 1971, através da lei nº 5700.
Existe uma série de regras que devem ser seguidas no momento da execução do hino. Deve ser executado em continência à Bandeira Nacional, ao presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal e ao Congresso Nacional. É executado em determinadas situações, entre elas: cerimônias religiosas de cunho patriótico, sessões cívicas e eventos desportivos internacionais.

Letra do Hino Nacional Brasileiro
I
OUVIRAM DO IPIRANGA AS MARGENS PLÁCIDAS
DE UM POVO HERÓICO O BRADO RETUMBANTE,
E O SOL DA LIBERDADE, EM RAIOS FÚLGIDOS,,
BRILHOU NO CÉU DA PÁTRIA NESSE INSTANTE.
SE O PENHOR DESSA IGUALDADE
CONSEGUIMOS CONQUISTAR COM BRAÇO FORTE,
EM TEU SEIO, Ó LIBERDADE,
DESAFIA O NOSSO PEITO A PRÓPRIA MORTE!

Ó PÁTRIA AMADA,
IDOLATRADA,
SALVE! SALVE!

BRASIL, UM SONHO INTENSO, UM RAIO VÍVIDO
DE AMOR E DE ESPERANÇA À TERRA DESCE,
SE EM TEU FORMOSO CÉU, RISONHO E LÍMPIDO,
A IMAGEM DO CRUZEIRO RESPLANDECE.
GIGANTE PELA PRÓPRIA NATUREZA,
ÉS BELO, ÉS FORTE, IMPÁVIDO COLOSSO,
E O TEU FUTURO ESPELHA ESSA GRANDEZA.

TERRA ADORADA,
ENTRE OUTRAS MIL,
ÉS TU,BRASIL,
Ó PÁTRIA AMADA!
DOS FILHOS DESTE SOLO ÉS MÃE GENTIL,
PÁTRIA AMADA,
BRASIL!

II
DEITADO ETERNAMENTE EM BERÇO ESPLÊNDIDO,
AO SOM DO MAR E À LUZ DO CÉU PROFUNDO,
FULGURAS, Ó BRASIL, FLORÃO DA AMÉRICA,
ILUMINADO AO SOL DO NOVO MUNDO!
DO QUE A TERRA MAIS GARRIDA,
TEUS RISONHOS, LINDOS CAMPOS TÊM MAIS FLORES;
"NOSSOS BOSQUES TEM MAIS VIDA,"
"NOSSA VIDA" NO TEU SEIO "MAIS AMORES".

Ó PÁTRIA AMADA,
IDOLATRADA,
SALVE! SALVE!.

BRASIL, DE AMOR ETERNO SEJA SÍMBOLO
O LÁBARO QUE OSTENTAS ESTRELADO,
E DIGA O VERDE-LOURO DESSA FLÂMULA
-PAZ NO FUTURO E GLÓRIA NO PASSADO.
MAS, SE ERGUES DA JUSTIÇA A CLAVA FORTE,
VERÁS QUE UM FILHO TEU NÃO FOGE À LUTA,
NEM TEME, QUEM TE ADORA, A PRÓPRIA MORTE.

TERRA ADORADA,
ENTRE OUTRAS MIL,
ÉS TU, BRASIL,
Ó PÁTRIA AMADA!
DOS FILHOS DESTE SOLO ÉS MÃE GENTIL,
PÁTRIA AMADA,
BRASIL!



Saudade

Hoje senti saudades de casa... como é habitual. Saudades do meu pai, dos meus manos, das minhas manas. Das tias e tios... primas... senti saudade de casa cheia de gente, de barulho. de acordar com o cheiro de café "fresquinho", acabado de passar. De chegar à mesa para o pequeno almoço e ter a mesa posta, o café com leite posto na chávena como fazia a minha tia Neuza. Senti falta de frio delicioso da manhã a entrar pelas frestas da janela da casa onde cresci... da casa de há tantas gerações... que tem histórias nas paredes, janelas... árvores que a circundam. Dos caminhos de terra batida, de cada ramo de vegetação que seca no verão para florescer outra vez no inverno. Saudade das chuvas e trovoadas que preenchiam a minha infância de medo dos relâmpagos que rasgavam os céus. Saudade das noites de festa junina em que o meu avô fazia os forrós em casa e tudo se enchia de alegria. Saudade das noites de farinhada na casa de farinha da minha bisavó, noites mágicas em que andávamos em carros de boi nas noites enluaradas. Saudade das longas noites de inverno em que tínhamos a casa cheia e, na ausência de uma lareira, as histórias e fábulas eram contadas pelo meu tio - avô João, na cozinha, ao pé do fogão à lenha... onde eram cozidas as pamonhas, as canjicas, e assávamos o milho verdinho... Saudade das vezes em que o meu avô pegava nos netos às 5:30hs 6:00hs da manhã, mal o sol nascia, e íamos a caminho do curral beber leite "quente" acabado de tirar das tetas da vaca. Saudade da casa cheia de primos... de tios e tias... de carinho... de afecto... de amor.
Saudade das caminhadas mato adentro à procura de ninhos, de animais imaginários... das panelas de barro feitas por mim à beira de um açude, de uma lagoa... das cacimbas feitas às três pancadas, onde matava a sede a beber água pura por um cabaça...
Saudade das manhãs passadas em cima de um limoeiro a comer limão com açúcar, ou numa mangueira a escolher as mangas quase verdes e a comê-las da árvore. Saudade das aventuras à descoberta de ninhos de galinhas e peruas que se escondiam longe do galinheiro para chocarem os seus ovos... Saudade da alegria ao ver os ovos a partirem-se e sair de lá os peruzinhos,os pintainhos... Saudade da vida simples... sem regras... sem horas... sem medo.
Saudade das idas para a escola em que eu percorria o caminho com o coração na mão, porque sabia que ia encontrar o "meu príncipe encantado"... um dos meus primeiros amores. O meu amor dos olhos tristes...
Saudade dos professores e professoras que, para além de serem professores, eram amigos. Alguns dos quais, quase mentores... e uma delas ainda hoje é minha amiga. Alguém que trago em meu coração como se fosse da família.
Saudade dos domingos de picnic na Lagoa de Genipabú, com manos, amigos, pai e mãe...
Saudade da simplicidade das pessoas... das noites sentadas no passeio da rua, a conversar com as amigas e a falar "abobrinhas"...
Saudade de sentar no calçadão do centro da cidade e comer chocolates, uns a seguir aos outros, enquanto curtia um bruta dor de cotovelo...
Saudade das noites em que a minha prima Dani dormia lá em casa e ficávamos na conversa até às tantas, falando bobagem...
Saudade das idas à praia com as manas e primas... das férias na 2 de Novembro, em casa da minha avó, em que descobri as primeiras paixonetas...
Saudade de mim...

O Tempo passou... eu cresci. E tudo o que me resta são recordações. Felizes... outras menos boas. Hoje não há amores, não os haverá mais. Não haverá mais paixonetas... não terei muitas das coisas que me faziam feliz... mas tenho outras coisas que me enchem os olhos de lágrimas de felicidade. Tenho o sorriso da minha filha. O amor da minha família, para quem sou muito importante... tenho o sonho do reencontro. A esperança da chegada. Tenho a certeza de um futuro ao lado dos que tanto amo e que tenho a certeza de ser amada. A alegria de dividir este amor com a pessoa que mais amamos neste mundo. A Catarina. Que terá, sem sombra de dúvidas, todo o amor, carinho, atenção, cuidados, afecto que uma criança precisa para crescer bem... para formar o seu carácter... a sua personalidade.
E, com certeza, será para breve.

domingo, 30 de agosto de 2009

Sou tua.

Aqui, aos teus pés…

Ao alcance da tua mão…

Ao alcance do teu desejo…

Sou tua.

Quando olhas para mim,

Quando o teu sorriso te denuncia

E quando os nossos passos caminham juntos.

Sou tua.

Quando a tua voz me chama

De forma melodiosa.

Como voz de travesseiro

E o meu sorriso matreiro

Responde,

Diz… estou aqui…

Mas em mim, oculto o que sinto.

Porque sou tua…

Mas não sabes…


 

Dri moura…

25 de Agosto de 2009.