quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A inocente crueldade infantil…


 

Sim, é verdade… uma criança a quem pintámos de anjo pode ser tão cruel; inocentemente; quanto um adulto. Tive a noção disto numa destas frias noites em que conversava pela net com as minhas manas. A minha filha, desde bebé, tem privado mais com uma das tias em parcticular devido à nossa distância não ser assim tão grande. Nós vivemos em Portugal e a tia em Itália. Como tem sido hábito, desde que a pequena nasceu, os tios presenteiam-nos com uma ida à casa deles para, que desta forma, não possam perder muito do seu crescimento e desenvolvimento. Os outros familiares vivem no Brasil, de modo que, infelizmente, o dinheiro não abunda para lá irmos mais regularmente visitar a família que ela tanto ama e que também morre de amores por ela.

Numa destas noites em que "chatávamos" (passe a expressão) com as tias, ela achou que teria muita piada brincar com as tias ao jogo do contrário que aprendeu num desenho animado. O jogo consiste em dizer o que se sente, mas de forma contrária. Ou seja; se digo que estou a falar é porque estou calada… se digo que tenho fome, é porque não tenho… ela brincava com as tias e disse a uma delas que não gostava dela. Que preferia a outra tia. infelizmente para a minha irmã que ouviu aquelas palavras e que não sabia que se tratava de uma brincadeira; aquilo caiu-lhe muito mal. E, para azar da minha mana, ela estava na bendita TPM, de modo que as simples palavras da minha filha, caíram-lhe como punhais no coração. Ela ficou transfigurada, nem quis acreditar no que estava a ouvir. De repente levantou-se e foi à casa de banho. Quando voltou tinha os olhos vermelhos de chorar e não conseguia conter as lágrimas. Eu fiquei muito triste e também comecei a chorar. Nunca tinha visto a minha mana tão triste. E vê-la a chorar por algo provocado pela minha filha mexeu ainda mais comigo. Como é que alguém a quem tanto amo, mais que a mim mesma; pôde ser tão inocentemente mazinha a ponto de fazer sofrer outra pessoa que eu também amo imenso?

No meu cérebro não cabia tantas perguntas e não havia respostas a dar. Era tudo muito simples, a minha filha, a brincar havia ferido de morte a minha irmã. Claro está, que dei um sermão daqueles na minha pequena, chamei-a para que ela visse a tia a chorar, expliquei –lhe que¸às vezes, as palavras ferem mais do que um estalo. E que a tia estava a sofrer por causa das palavras dela. A pequena ficou triste… chorou imenso, tomou consciência do seu acto impensado e pediu desculpas à tia. Disse que não tinha querido dizer aquilo, tinha sido a sua cabeça que tinha mandado… (pior a emenda que o soneto…).

A tia perdoou. Disse que ela ainda é muito pequena para entender certas coisas. E que tinha ficado daquela maneira por causa da TPM. Eu levei uma bronca da outra mana, por ser tão rígida com a Catarina. Na opinião dela, eu tenho que ser mais branda, para a compensar da falta de irmãos, família e da minha própria ausência diária (como todas as mulheres que trabalham fora, deixo a minha filha na creche pela manhã e só volto a vê-la ao fim da tarde quando regresso do trabalho).

Não sei se fiz bem, se fiz mal. Se devia ser, realmente, mais branda e desculpar mais coisas … mas infelizmente a vida não é branda para ninguém e, prefiro ser eu a ensinar à minha filha a ser mais delicada e perspicaz do que deixá-la aprender a duras penas.

sábado, 25 de outubro de 2008

scraps para orkut

Mensagens de Leão atualizadas em Recadosonline.com
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quarta-feira, 22 de outubro de 2008

me...

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terça-feira, 21 de outubro de 2008

Para a Catarina


A mãe trouxe-te estrelas

Tantas quanto pôde ver

São estrelas, meu bem

Para veres sempre que te apetecer


 

Estrelas de tantas cores

Azuis ,verdes, vermelhas, amarelas

Em teus sonhos têm sabores

Anis, kiwis, morangos, seriguelas


 

São tuas, filha

Deixa-as brilhar

Vão estar sempre ali

Até que te canses de olhar


 

Dei-te estrelas, meu amor

Para te guardar o sono

São tuas as estrelinhas

Para que, mesmo a dormir não te sintas sozinha


 


 

Adriana tordo 10/01/2005

Sobre a Felicidade

 
 

Enquanto estive "de cama", aproveitei para fazer algo que adoro. Ler. Embora ultimamente não tenha tido tempo nem disposição para tal. Peguei uma revista e comecei a folhear. Dei de caras com uma materia que chamou-me logo a atenção. "Viagem ao Nosso Eu". A materia era sobre uma nova área da psicologia. Chama-se Psicologia Positiva. Este novo "caminho" da Psicologia nasceu recentemente, e o "pai" da P.P é um senhor chamado Martin Seligman. Ele defende que a "tal felicidade" divide-se em três etapas.

As emoções positivas;

O Envolvimento

E o Sentido para a vida.


 

A psicologia positiva ajuda o indivíduo a focar-se no que tem de bom, nos momentos óptimos e não só remexer nas feridas. Nas páginas da revista tem um teste para sabermos como nos sentimos no nosso próprio universo. Passo a transcrevê-lo.:


 

Escala de Satisfação com a Vida


 

Sob a maioria das areas, a minha vida está perto do meu ideal


 

As condições da minha vida são excelentes


 

Estou satisfeito com a minha vida


 

Até agora tenho tido as coisas importantes que quero na vida


 

Se pudesse viver a minha vida outra vez, não mudava quase nada


 

Chave para as respostas:


 

  • 7 . concordo totalmente
  • 6 . concordo
  • 5 . concordo um pouco
  • 4 . não concordo nem discord
  • 3 . discordo um pouco
  • 2 . discordo
  • 1 . discordo totalmente


 


 


 

Pontuação


 

Relativamente à sua vida, sente…


 

+ 35 – 31 extremamente satisfeito

+ 26 – 30 satisfeito

+ 21 – 25 moderadamente satisfeito

+ 20 neutro

+ 15 – 19 moderadamente insatisfeito

+ 10 – 14 insatitisfeito

+ 5 – 9 extremamente insatisfeito


 


 

Espero que te seja útil… eu gostei, mesmo sabendo que o resultado do meu teste não foi dos melhores… lolol.

domingo, 19 de outubro de 2008


Desaparecida

estive sumida por uma temporada, mas estou de volta.
Amanhã escrevo, digo para mim mesma, mas há qualquer em mim que me distancia as mãos do teclado e cada palavra que tento escrever desvanece, esfumaça, viaja a centenas de quilómetros por segundo, esvaziando a minha mente e deixando a minha alma ôca de pensamentos. Tenho um cansaço enorme em mim. Não o cansaço físico que tantao queria; mas um cansaço mental que mina-me as forças, que corrói a alma. Sinto-me vazia. Só. Nem mesmo o falar com a minha família todos os dias me faz sair desta letargia em que me encontro. Por vezes sinto-me atada ... pés e mãos. Uma vez, quando eu era criança, lembro-me de me ter afogado... estávamos num pic-nic com alguns amigos dos meus pais. Tinha uma lagoa e, no meio dela, havia uma pedra enorme... e a aventura maior que poderíamos fazer, era chegarmos a tal pedra, tocar nela se não conseguíssemos subir e deixar a nossa "marca" no topo dela. Eu não sabia nadar... e o meu irmão, mais velho que eu um ano, disse que me ajudava a ir até lá. Sentámos numa bóia improvisada de uma câmara de ar do pneu do carro do nosso pai, e lá fomos os dois. Quando chegámos junto à pedra, não lembro bem porque ou como aconteceu... lembro apenas que a bóia virou, eu caí e como não sabia nadar, não conseguia vir à tona... lembro de ver a pedra e ter os olhos abertos... deixava-me afundar sem mexer um dedo... olhando as bolhas de ar libertadas pela minha boca a subirem para onde eu devia de ir... lembro do medo e ao mesmo tempo da confiança cega que tinha no meu irmão e nos meus pais que lá estavam, eu devo ter pensado que nada de mal me poderia acontecer... eles estavam lá... o meu pai e a minha mãe... e nada me ia acontecer... eles viriam buscar-me antes que fosse tarde. No fundo eu sabia que o meu irmão não me podia resgatar, era um pouco mais velho que eu, sabia nadar mas não era o suficiente para mergulhar e trazer-me de volta... mas ele chamaria os nossos pais... e assim foi... do mesmo modo que me senti afundar, também senti-me ser içada pelas mãos gigantes do meu pai que me olhava espavorido com o medo estampado na cara. Eu estava salva. O meu pai estava lá. A minha mãe chorava, agora de alegria por ver-me com vida e sem sequelas. E o meu irmão, com cara de alívio olhava para mim, com um ar interrogativo ... sem saber ao certo o que tinha acontecido. Procurando um culpado para o ocorrido... teria ele virado a bóia de propósito? teria eu tentado tocar na pedra e por um desequilíbrio meu, caído na água sem querer? não sei. não lembro. Lembro apenas de ter sido salva pelo meu pai, das lágrimas e do olhar de alívio, de amor e ternura da minha mãe.Lembro apenas da plena e absoluta certeza que tive de que nada me poderia acotecer de mal, porque eles não deixariam.
Hoje sinto-me só. E esta lembrança veio à tona porque é como me sinto agora. A afogar-me, a deixar-me cair no fundo de uma lagoa... sem forças e sem saber respirar. Mas sei que eles estão lá fora. Chamando por mim, esperando por mim. Não me podem dar ajuda física. Mas nossos pensamentos estão ligados. E eles me chamam. E eu ouço chamado da voz do meu pai, e sinto a alegria da minha mãe (que já não está connosco). Mas sinto a sua alegria nas minhas tias-avó. Na voz das minhas irmãs. A dizerem-me para não me deixar afogar. Para lutar com unhas e dentes. Para vir à tona, para respirar. Para renascer. É por eles, e por mim... que arranjo forças para sorrir. É pelo Sol que brilha no olhar da minha filha que arranjo forças para, na minha solidão, submergir dos pensamentos sombrios, esquecer as palavras que me magoam... as atitudes que me enervam e vir à tona... Estou aqui... Estou de volta.
Um brinde à luz... ao amor fraterno... paterno... materno... amor puro, simples... sublime...transcedental...incondicional.
à vocês família... obrigada... por tanto amor, carinho e dedicação.
a ti, Filipa... obrigada por me "ouvires"...