domingo, 19 de dezembro de 2010

Outra Vez Natal...



Outra vez o sentimento de fim e recomeço, outra vez o ressaltar de emoções nobres e humanas que existe em cada um de nós... outra vez sonhos e sapatinhos à janela. Adultos que viram crianças, crianças que sonham com o Pai Natal, pais que alimentam sonhos, sonhos que alimentam o comércio, e a indústria de consumismo desenfreado...
mas, outra vez; Natal...de pinheirinhos enfeitados, de luzes pelas ruas, de mesas fartas... e mais uma vez, cá estou eu... a desejar um FELIZ NATAL a todos... com todas as coisas boas da época, com todos os votos de Felicidade,Amor,Paz,Harmonia,Realizações e; como disse o meu amigo David... com Respeito também... porque é preciso...
beijos e até...

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Meu Portugal



Meu Portugal querido,minha terra
De risos e quimeras e canções
Tens dentro em ti,esse teu peito encerra,
Tudo que faz bater os corações !

Tens o fado. A Canção triste e bendita
Que todos cantam pela vida fora;
O fado que dá vida e que palpita
Na calma da guitarra onde mora !

Tu tens também a embriaguês suave
Dos campos, da pisagem ao sol poente,
E esse sol é como um canto d’ave
Que expira à beira-mar, suavemente…

Tu tens, ó Pátria minha, as raparigas
Mais fescas, mais gentis do orbe imenso,
Tens os beijos, os risos, as cantigas
De seus lábios de sangue !… Às vezes, penso

Que tu és, Pátria minha,branca fada
Boa e linda que Deus sonhou um dia,
Para lançar no mundo,ó Pátria amada
A beleza eterna, a arte, a poesia !…

Florbela Espanca - Trocando olhares - 19/06/1916

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Sonhar

enquanto é tempo
e ainda posso
enquanto o sol brilha
a chuva foi-se
Sonhar quando os teus dedos percorrem o meu corpo
e tua língua me invade a boca
Sonhar
porque o tempo urge
e em breve não te vejo
porque arde em mim
a chama do teu desejo
Sonhar
porque existo
porque sou
porque; aqui e agora
contigo estou...

Drica Moura

domingo, 25 de julho de 2010

Cabo da Roca



o teu mar que cruza com o meu...
o horizonte que nos faz longe...
o vento que leva o meu grito...
e a vontade de navegar estes mares já navegados...
os meus olhos que nada vêem...
os meus ouvidos que nada ouvem...
a tua voz que me cala a boca...
e a minha história que inicia e finda
no Cabo da Roca...
Drica Moura
25/07/10

domingo, 13 de junho de 2010

Em Paz...

Embora muito cansada, pois o trabalho absorve-me imenso; estou feliz. Este é, de facto, um dos melhores momentos da minha vida. Tenho a casa sempre cheia de gente que vem para estar comigo, para ver-me, ouvir-me, falar-me... tenho imensas coisas para fazer, algumas das quais tenho deixado de lado por falta de tempo. A minha filhota está mais que ambientada, adora estar aqui, e sente-se feliz e em harmonia no seio familiar. Aos poucos vou tentado esquecer um pouco Lisboa e o que lá vivi. Sei que já fui esquecida por muitos dos que considerava amigos, e por muitos dos meninos e meninas que tanto amei. Mas é a vida. Ninguém é insubstituível. Ainda guardo memórias, fragmentos que por vezes assolam a minha mente e fazem descer umas lágrimas pelo meu rosto. Por vezes a dor ainda é tão avassaladora que penso que vou explodir. Mas estou a recuperar-me ... aos poucos. Já consigo ouvir o Josh Groban e apreciar a sua voz melodiosa sem sentir tristeza. e, o melhor de tudo... tenho um trabalho que adoro. É simplesmente maravilhoso saber-se querida por todos. A Alina (Terapeuta Ocupacional) ,a Celiane (Assistente Social), o Edivan (téc. Enferm.), os educadores todos... todos são uns doces para comigo. Tenho recebido muito apoio do Rui, o psicólogo (que é tuga). Ele até já foi trabalhar ao Sábado... lol... Sinto-me tão bem no ambiente de trabalho, que custa-me ir para casa cedo. Tenho ficado a trabalhar até tarde quase todos os dias. Na Sexta - feira passada fiz uma reunião com toda a equipa, dos dois turnos; mas foi apenas com metade do pessoal, terei que fazer outra reunião com os outros que não estavam de plantão neste dia. O Rui foi um querido e foi-me deixar à casa, para além de ter ido à reunião à noite; visot que o seu horário de trabalho é apenas durante o dia. Ele tem sido um querido e um grande apoio em algumas decisões. Há coisas em que temos a mesma visão, e é muito bom ter alguém que pensa como nós e não contra nós. Quanto aos putos... são muito complicados. Mas nada que não se resolva. Aqui por casa, já ficam chateados comigo quando o telemóvel institucional toca. Geralmente ele não pára. Problemas surgem a toda a hora. Mas eles não entendem.
Temos a casa toda decorada para a Copa 2010 e, também para as festas juninas. A nossa festa de São João decorrerá na noite de 25 de junho. Já estamos todos ansiosos, é um momento muito especial. Vamos todos vestidos à rigor, com excepção do Rui, lolol... não o vejo vestido de saloio... Quando tiver tempo, posto as fotos que já deveria ter postado.
Por enquanto, vou ocupar-me de responder aos mails dos amigos e amigas que ainda não me esqueceram...
beijos

sábado, 22 de maio de 2010

Ocupada

é assim que tenho mantido a minha mente. Estou a trabalhar em algo que adoro. Serviço Social. Coordeno uma Casa de Passagem. É um lar provisório para adolescentes com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos (completos) vítimas de abuso ou exploração sexual, destituídos do poder paternal, casos de abandono ou negligência familiar. Neste momento temos 25 adolescentes residentes, e uns quantos evadidos.O objectivo deste serviço é trabalhar o cerne da questão; a desestructura familiar, reeducar o jovem e prepará-lo para a volta ao seio da família e da Sociedade.
A equipa que tenho ao meu cargo é grande, é formada por uma Terapeuta Ocupacional, duas Asssistentes Sociais, um Pedagogo, um Professor de Artes, dois Auxiliares de Enfermagem, um Psicólogo (que por acaso é português); uma Técnica Administrativa, quatro ASGs, quatro Motoristas, quatro Cozinheiras, dois Zeladores e os Educadores. Temos ainda, uma Nutricionista, um Chefe de Cozinha (que vem dar aulas aos meninos, três guardas Municipais que fazem a segurança e a Coordenadora. O espaço físico da casa é fantástico. É uma vivenda composta por uma espaçosa sala única que é sala de estar e sala de jantar ladeada por jardins internos, 4 quartos com casas de banho privativas (sendo dois quartos para os meninos e dois para as meninas),os quartos têm portas que abrem para uma varanda virada de frente para a piscina, uma cozinha enorme, uma área de serviço,duas casas de banho para uso dos funcionários, almoxarifado, a sala dos técnicos e a sala da coordenadoria e, ainda uma sala onde eles são ouvidos pela Terapeuta Ocupacional ou pelo Psicólogo e, onde fica guardado o material de trabalho para os Educadores . Temos ainda uma quadra de desportos, onde os meninos jogam ao vôlei, básquete e futebol, um jardim enorme e uma piscina e,também, um carro ao serviço da casa permanentemente durante 24 horas. As rotinas da casa são simples e prazeirosas. O meu horário é das 8hs às 15hs. Começámos o dia com o "Momento Bom Dia", onde reunimos todos os funcionários e jovens, dámos as mãos fazendo um círculo, passámos a mensagem que queremos para os jovens, falámos sobre o comportamento deles, rezamos o Pai Nosso e encerramos com um abraço a cada uma das pessoas desejando a todos um bom dia. A seguir, os grupos são divididos e cada um segue para a sua tarefa. Nos quartos estão afixados os quadros de tarefas para cada adolescente, uns limpam os quartos, outros lavam as casas de banho, enquanto outros estão com os educadores a fazerem actividades. Praticam a capoeira, dança, alguns vão à escola pela manhã, outros à tarde, e uns quantos à noite. Depois há o Momento Pedagógico, os educadores orientados pelo Pedagogo, fazem as tarefas escolares com os jovens, às terças-feiras, há a reunião de grupo com o Psicólogo e a Terapeuta Ocupacional... nesta reunião, os jovens são ouvidos e falam das suas necessidades. Às quintas-feiras, temos aula de culinária ministrada por um Chefe de Cozinha. Semanalmente temos a visita da Nutricionista.

As pessoas são amáveis, gentis e receberam-me de braços abertos. Vale ressaltar o carinho e a atenção dispensada pela Rejane, a Coordenadora que vou substituir. Ela tem sido impecável para comigo. Apresenta-me a toda a gente, leva-me às reuniões para eu me inteirar sobre os assuntos... ela é absolutamente fantástica. No domingo passado fizemos um churrasco em homenagem aos aniversariantes dos meses de janeiro à esta data. Crescidos e pequenos... foi um domingo muito bem passado com um jogo de bingo que teve direito à premiações. Os aniversariantes tiveram um bolo e receberam uma lembrança simbólica. Eu levei a Catarina para conhecer a casa que ela ainda não conhecia. Claro está que ela adorou.

Pela parte laboral, estou feliz. Realizada como pessoa. Os meninos sentem algum carinho por mim e tenho visto melhorias de comportamento neles. É difícil, mas chegamos lá...

Mas, mesmo esta felicidade aparente, ainda deixa espaço para o vazio da minha alma. Por vezes pego-me a lembrar de outros meninos e meninas que amo e as lágrimas descem. Lembro de cada rosto, de cada sorriso, de cada voz. Da Cátia a chamar-me mãe, do André ao meu colo, do Tomás a dizer " mamana, xenta...", de passear de mãos dadas com o Man´el no recreio...lembro de detalhes que a memória devia esquecer... mas eles estão e estarão cá... sempre... no meu coração... talvez por eles serem "especiais", talvez por eles serem especiais...
um dia destes publico as fotos... para dividir convosco a minha alegria vazia...

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A saga Vampírica


Estou a ler o último dos livros da Saga dos vampiros. É fascinante. O amor simples, inocente e puro de Bella por Edward toca-me profundamente. Talvez porque um dia eu já tenha amado assim. Talvez porque eu já não acredite em amores assim. É tão bom ler estes livros que estou com pena por acabar de lê-los. Mas comigo sempre foi assim. Adoro ler e qualquer bom livro deixa-me com saudades dele antes de chegar ao fim. Com este não é diferente. Tenho, apenas que escolher outro para o substituir. Mas vou ter imensas saudades da perfeição que é Edward Cullen... lolol... um homem sem igual. Eu não me incomodava nada de virar vampira e viver toda a eternidade ao seu lado... lolol

segunda-feira, 26 de abril de 2010



Por vezes sinto vontade de escrever tudo o que me vai na alma. Mas as palavras tornam-se vazias. Nem eu mesma consigo entender-me. A minha vida está de ponta cabeça. Quando eu me decidi vir embora, deixar tudo para trás, estava certa de que era mesmo isso que eu queria. Estava cansada de um casamento de 15 anos, desgastado; de um homem a quem amei mais que tudo, mas que decepcionou-me imenso. O seu feitio tornou-se insuportável e o seu ciúme doentio me enlouquecia. A responsabilidade de ter que cuidar da educação da minha filha praticamente sózinha, o stresse do trabalho, o corre-corre do dia-a-dia; tudo me cansava. Eu pensei que fosse explodir.
Após muito sofrimento, muitas lágrimas e uma quase-anorexia; eu deixei Lisboa. O meu coração completamente dilacerado, a minha alma fora do meu corpo. Naquela manhã fria e nublada de 27 de novembro eu saí de casa na R. João Saraiva pela última vez. A Isabel foi-me apanhar em casa e levar-me ao aeroporto. Nunca fomos muito próximas uma da outra, mas ela esteve sempre do meu lado nos momentos difíceis. Quando me via triste e quase louca perguntava se eu precisava desabafar. Quando eu fiquei grávida e sem certezas do que fazer na minha vida, ela disse-me para eu seguir em frente, deu-me coragem e força. Quando eu estava a dar à luz, ela estava ao meu lado, a segurar a minha mão. A ver-me trazer ao mundo a minha filha que tanto amo. Mesmo sem muitas conversas tolas, eu sei que tenho uma amiga. Fiel, que me ajudou sempre e dentro da medida do possível. A distância que havia e haverá, tem também um quê de proximidade. De admiração, respeito, quase veneração da minha parte. Ela é o exemplo de mulher que eu gostaria de ser. Quando nos despedimos, eu abracei-a e agradeci por tudo o que ela me havia feito. Tentei ser forte e não chorar, tal e qual ela o fez. Conveci-me de que o adeus era apenas um até já. E virei costas.
Apenas quando o avião levantou vôo e eu consegui ver a vista do Parque do Alvalade, Av. do Brasil, e das ruas que eu tão bem conhecia e amava, eu permiti-me chorar. Ao passar por Almada e virar às costas ao Cristo, a minha aparente serenidade desapareceu. As lágrimas desciam copiosamente no meu rosto. Estava a deixar as pessoas que eu tanto amava. O país que tanto amava. Amigos, amigas, os “meus meninos”, o meu trabalho, o mundinho da minha filha. Tudo o que ela conhecia de sua vida. chorei durante todo o percurso até Madrid, chorei durante toda a viagem até ao Brasil. Cheguei a São Paulo exausta. Exaurida. Vazia. A chuva que caía molhava-me, mas eu não sentia. Estava anestesiada. A minha filha olhava para mim e segurava na minha mão. Tentava acalmar-me. Quando cheguei a Natal, estava um calor de rachar. Às 2hs da manhã e uma temperatura inacreditável de 24ºC. Os meus irmãos e irmãs, o meu pai e a sua mulher e a minha prima esperavam por mim. Desta vez eu não me esforcei por sorrir, eu não me esforcei por demonstrar algo que eu não estava a sentir. Eu não estava feliz. O que eles viam era apenas o espectro de alguém que eles conheciam.
Nos dias que se seguiram a minha aparência e disposição não mudaram muito. A tristeza dominava-me, a saudade de Lisboa, de tudo o que eu havia deixado não me dava trégua. Nem em sonhos eu tinha paz. Quando sonhava, via as pessoas a quem estava mais ligada, os meus meninos, o meu local de trabalho, a Cidália, a Fran, o Paulo,a Sila,o Mário, o Vi, a Rosanna e a sua família, a Isabel, tudo e todos… deixei de ouvir as músicas que tanto adorava ouvir, guardei o meu mp3, mudei o som do telemóvel, não consigo ver as fotografias dos meninos,de Lisboa, de nada que me faça recordar. Mas não mudei os sentimentos dentro de mim. Não mudei a minha essência.
Tive esperança de que, com o passar dos dias eu conseguisse sair da minha apatia, conseguisse superar a dor da perda. Infelizmente foi ilusão. A cada dia que acordo, a cada novo pôr de sol, lembro de Lisboa. Faço, mentalmente, o percurso da minha rotina diária sem querer. A minha alma ficou presa a Lisboa. A vagar algures pelas suas ruas.
Vou às praias, distraio-me, passeio. Tenho sempre a casa cheia de gente. Mas continuo vazia. Não saí para procurar os meus amigos e amigas. E os que encontro é por acaso do destino. Trocámos os números de telemóveis, eu prometo que vou ligar, mas não ligo. Nada me alegra. Nada me faz ter vontade de viver. Recebo telefonemas da Fernanda e do Vilmar. Ligo para a Manuela, a Cidália, a Fernanda. Tenho falado com a Rosanna pelo skype. Mails vêm e vão diáriamente para alguns dos meus amigos, actualizo o orkut… mas o vazio continua. Parte de mim quer liberdade. Outra parte continua algemada. Resta-me a esperança da visita de alguns amigos que me prometeram passar cá umas férias. Resta-me a esperança ténue de um passeio à Lisboa. Não sei para quando. Nem mesmo sei se isso seria boa idéia. Ir para voltar. Sofrer duas vezes.
Quando eu estiver forte o suficiente, quem sabe?
Por agora, fica o desabafo. Fica a saudade de tudo quanto amo. Dos cravos vermelhos do 25 de Abril, das manhã cinzentas e frias do inverno, das árvores despidas do outono, das sardinheiras à janela, do fado, do pôr do sol no Rio Tejo, dos pastéis de Belém. Do sabor do café às 13hs no Sr. Vieira, das pastilhas de canela a seguir ao café. Fica a saudade da chuva a cair e do meu bloco de notas cheio de rascunhos. Das palavras que me saíam tão lestas da mente para a mão. Fica a saudade da Florzinha (como tão carinhosamente eu chamava a Florentina), da Cidália, do Paulo e do seu humor negro, das tardes intermináveis do recreio do Claparède. Fica a saudade da minha cunhada e dos seus filhotes que adoro... da Joaninha e da Isabel (Malheiro). Fica a saudade de mim. De quem fui e não mais serei.




Fecho os olhos e lembro-me de vê-las no chão.
Pelas ruas de Lisboa
Elas douravam o meu caminho
Salpicavam de tons castanhos, verdes, amarelos e dourado
Eu olhava para as árvores
E quando o vento as abanava
Esperava que caíssem em minhas mãos.
E o vento a brincar comigo,
Levava-as para longe
Eu seguia-as com os olhos
E a nostalgia ia junto
Levada pelos sonhos,
Eu viajava com elas.
E dourava as ruas
Com minhas doces quimeras…
Era outono.
E eu morri.
Parti para esquecer-te,
Mas, acredita…
Nem mesmo distante, esqueci-te.

drica moura

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Viciada...


pois é... toda a gente que leu os livros da Stephenie Meyer ficou viciada. Toda a gente que viu o primeiro filme, também...
De início eu pensei que fosse bobagem. Li um livro dela (A Hospedeira) que me foi oferecido pela minha amiga Lucília, aquando da minha vinda para o Brasil. Simplesmente amei o livro. Devorei cada página. Mas com a saga dos vampiros foi mais complicado... eu não gosto muito de histórias com vampiros, lobisomens e afins... envolvem sempre muita violência gratuita, cenas com sangue, etc. E; devo confessar, sou um bocado impressionável.
Mas, numa das noites em que nada tínhamos para fazer, a minha prima trouxe-me o primeiro filme para ver. Agradeci-lhe e guardei-o ao pé dos outros filmes... não estava para aí virada... não queria ver um filme de "terror" (pensava eu) antes de dormir... eu tive uma experiência horrorosa na adolescência. Como não tinha coragem de ver o filme, resolvi ler O Exorcista... passei quase um mês a dormir com as luzes acesas... a minha imaginação é muito fértil e não preciso de ver um filme para imaginar as cenas... lolol...
Passaram-se uns dias, até que eu resolvi ver o tal filme...
Encantador... de uma "inocência" cativante...deveras muito bem escrito. O amor entre o Edward e a Bella é realmente surreal... Um Romeu e Julieta dos tempos modernos... vi e revi o filme... ansiei para ver o segundo... e, como não consegui encontrar o terceiro, baixei os livros da net...
agora estou para aqui absorta em uma leitura apaixonante a cada parágrafo... e sem medo... lololol...
para quem não leu, recomendo... para quem o leu... vamos aguardar os próximos... por agora vou tentar vencer o sono e acabar ao menos de ler mais uns dois capítulos... bye

quarta-feira, 24 de março de 2010


já não ouço o som dos teus passos
não vejo o brilho dos teus olhos
a tua voz calou-se para mim
e toda a beleza deixou de existir

...

morri...
deixei de existir
quando caiu a última folha de outono
ceifou-se a minha vida

...

de cá;
ainda te sigo
ainda te sonho
ainda ...

drica moura

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Até quando esta dor
doendo no meu peito
e uma saudade tão grande
que quase a posso tocar?

Até quando, Lisboa
viverás em mim
se eu tive que te deixar?

Até quando ouvirei o fado
e chorarei as tuas águas, Rio Tejo
se, em ti, não me posso mirar?

E tu, ó Cristo?
Que, de Almada, contemplas tudo...
como pudeste deixar-me partir,
perder meu chão, perder-me de mim...
perder o meu mundo?

Drica Moura (hoje)

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010




na minha guerra interior, contra o mundo, contra mim...
a querer ver o meu espírito num espelho onde encontro apenas os meus olhos vazios. tenho uma Babilónia dentro de mim, que me destrói, derruba os muros que construí...
não consegui mudar o mundo, mas mudei a mim mesma... tentando encontrar-me... mantendo-me à tona para não afogar-me... e sei qual é a sensação de estar morta... sem respirar, tendo os olhos fechados à vida, ao belo, ao amor...
sem gritos de liberdade... também sinto gritos sob a pele...
sei o que é o céu e conheço o inferno, conheço o amor e toda a dor que ele pode causar...
sei dos caminhos que se pode trilhar, mesmo minados... mesmo sem alguém para nos guiar... sei de metas em que me vou enredar...

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010


noite de lua...
e em Lisboa ela banha o Tejo
a sua luz
as minhas lágrimas
o teu riso
a minha saudade
o Cristo de braços abertos
o meu corpo em um auto-abraço...
a luz da lua nos teus cabelos
o negro da noite em mim
tem luar e Lisboa... no Tejo e em tudo...
deste lado; escuridão em mim.

Drica Moura

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Fernando Tordo no Chapitô





O Bartô do Chapitô recebe, na próxima quarta-feira, dia 03 de Fevereiro, a partir das 22H, a figura ícone do panorama musical português, Fernando Tordo.Numa tertúlia com e para amigos inserida na programação de noites temáticasno Bartô do Chapitô - as Outras Quartas -, à guitarra com Fernando Tordo é um apontamento cultural que promovemos, apostando no intimismo de um encontro entre gerações e numa guitarrada que é um convite aos mais novos para escutarem músicas deste e de outros tempos.Paralelamente à conversa, promove-se a partilha de Por este andar, o título do próximo trabalho discográfico de Fernando Tordo.Temas como A Tourada, Cavalo à Solta, Adeus Tristeza serão partilhados por e com amigos numa casa que privilegia o intimismo e os bons momentos de música portuguesa.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Feliz 2010



Estou de volta...
chorei, sofri... desesperei... senti...
deixei Lisboa em um dia nublado, com nuvens carregadas; escuras como a dor que carregava em meu coração. Cheguei ao Brasil sem alma... deixei-a lá.
Nos primeiros dias apenas chorava. Nem mesmo o amor e a decicação e carinho da minha família foram suficientes para fazer abrandar a dor... Sentia-me alienada, parecia um zombiee...
Nos primeiros dias, não via, não ouvia, não sentia o que rodeava...
Isolei-me do mundo em mim... como um autista... o resto não importava. Apenas a minha filha fazia-me sair do meu estado letárgico. Apenas a Catarina era o meu elo de ligação com o mundo. As lembranças, os sons, os cheiros... tudo era Lisboa... o colégio e os "meus meninos"... as pessoas queridas que lá deixei.

Isto foi em 2009...
Passou...

Janeiro de 2010... Ano Novo... vida velha... conservo os mesmos amigos, tenho recebido imensos telefonemas de pessoas que me são muito queridas,que não se equecem de mim... que não se resignam à distância e a minha ausência física... que me guardam em seu coração... Ano Novo... nova história... páginas que vou escrever... muito que vou viver. Ano Novo... novas esperanças, novos rumos...
O sol brilha por cá, faz imenso calor. Agora escrevo do Brasil... onde estou a residir. Com um corpo que não reconheço, com um olhar vazio, perdido ... sem alma...
Mas sou forte... invencível... grande... com um ego do tamanho de um elefante... com um amor próprio maior que a distância que separa o meu corpo da minha alma...
Brevemente escreverei coisas maravilhosas que me aconteceram, que me acontecerão... não me vou fechar ao mundo... não me vou fechar a mim... à vida... sou dona do meu destino... de mim... do meu nariz... sou livre... hei-de ser feliz...
Em breve... muito em breve...

Feliz Ano Novo para vós, feliz 2010... obrigada por visitarem o meu blog... e desejo-vos tudo o que desejo a mim mesma... simplesmente o melhor que há no mundo...