Sobre a minha cidade Natal...

Desde a semana que passou e, até ao dia 30 de Junho (2009) a prefeita da minha cidade, Micarla de Sousa está promovendo o turismo em Natal. Do meu ponto de vista, é uma iniciativa bastante válida. Actualmente e, com a globalização, o mundo é pequeno para tantas viagens e roteiros turísticos. E, nem mesmo a crise financeira mundial impede que isto aconteça... Estamos quase a entrar em período de férias e pode ser que com esta iniciativa, a cidade que tanto amo venha a receber uma boa leva de turistas ávidos de descanso, outros à procura de aventura, coisas exóticas... enfim... tenho pena de não poder ir lá este ano... já sinto saudades do sol abrasador, da água de côco geladinha, da ginga com tapioca, do doce de cajú da minha amiga Josa... de andar nas praias extensas sem ter que pedir licença para pisar a areia fofa e quente... de me estender no areal e sentir os raios de sol a acariciar-me a pele... sinto saudades da alegria das pessoas, da simplicidade... da humildade da gente de Natal. Em 2014, a minha cidade estará com os olhos do mundo postos nela, aquando do Mundial de Futebol... a Copa do Mundo... a minha cidade... a princesa do Sol...
nesta altura, penso eu... estarei lá... a vivenciar cada segundo do pulsar de um coração único... verde e amarelo... a torcer pela minha selecção...
... Enquanto este momento não chega e, para quem lá vai de férias... boa viagem... aproveitem cada segundo... e que Iemanjá olhe por vós... para quem lá vive... um pouco da minha saudade levada na voz do vento... o meu coração verde e amarelo continua a bater cá... como o esvoaçar da borboleta Micarla, que me trouxe a maior de todas as alegrias... a minha irmã... Obrigada pela prenda,Srª. Prefeita... os meus votos de continuação de um óptimo trabalho... que Deus lhe ilumine a cada dia... e que Lhe possa dar asas para voar mais alto e mais longe... até onde os seus sonhos alcançarem...

Reencontro...

Hoje foi um dia deveras feliz para mim e para a minha filha. Acordámos cedo e preparámo-nos para mais um dia rotineiro. Enquanto eu fazia-lhe o pequeno - almoço, uma dúvida assolava o meu poensamento. Deveria ir ou não ao aeroporto esperar a minha mana que chegava do Brasil? Deveria eu, chegar atrasada ao trabalho, justo hoje que tínhamos uma visita importante de funcionários da DREL no colégio? Poderia eu, faltar aos meus compromissos para atender a um pedido da minha filha?
Coração e Mente em contradição... numa desordem tal, que quase dava um nó no cérebro. Por fim a emoção venceu a razão. Num ápice, antes que me arrependesse; peguei no telefone e liguei para o colégio. Avisei que chegaria atrasada e expliquei o motivo. A Catarina deu um salto de alegria. A sua felicidade era contagiante. Eu havia tomado a decisão correcta. Chegámos ao aeroporto no momento exacto em que o avião da TAP onde vinha a minha mana, estava a aterrar. A espera parecia interminável. Pessoas carregadas saiam pelos portões de desembarque... Pessoas que esperavam por alguém... pessoas que tardavam a chegar... esperei...esperei...
Finalmente; quando eu já estava a desistir de ficar ali à espera, ela apareceu... linda... radiante... feliz...
A Catarina saltou-lhe para o colo... Um sorriso maior que a sua carinha denunciava os laços de sangue e de amor que une a minha família... tia e sobrinha abraçaram-se em silêncio... as lágrimas de felicidade no rosto da minha mana e o sorriso radiante da minha filha... foram um bênção para o meu coração magoado... os meus olhos transbordaram de alegria. Todos os medos se dissiparam... a minha escolha tinha sido a mais acertada... a minha filha estava feliz... A minha irmã estava feliz... na alegria do reencontro, toquei num instante de paz... na plenitude da felicidade...
Valeu...
cada segundo de espera...
o sorriso da minha filha a iluminar o dia nublado...
a felicidade estampada no rosto da minha irmã...
o fortalecer dos laços que nema distância, nem o Tempo são capazes de apagar...
Ficam para a eternidade, registada pela minha mão trémula e a lente da minha máquina, o instante mágico em que tia e sobrinha abraçaram-se... eternizando o amor verdadeiro que as une... apesar da distância... apesar da distância... apesar dos pesares... (a minha mana sabe do que falo)...

tens um beijo esquecido no canto da boca
que brilha quando ris...
tens um briho no olhar
que me queima a alma
quando os nossos olhares se cruzam.
e tens um sussurro descuidado
à espera de ser segredado ao teu ouvido.
tens carinhos nas mãos
à espera de quem os receba,
e a timidez de um menino inocente.
tens a alma presa à minha
e os nossos passos desencontrados.

drica moura

Prometi e cumpri...

é verdade. Eu tinha prometido que publicava as fotos dos fatos que fiz para a festa do colégio... E cá estão... deu-me uma trabalhareira enorme, mas como se diz; quem corre por gosto não cansa.
mas quero que saibam o porque das coisas... o tema do colégio este ano foi A Ciência. Para a festa final deram um guião com a "história" que seria representada. Um cientista maluco e o seu assistente iriam "inventar" uma festa. Cada sala teria uma participação com um tema escolhido que relacionasse a ciência e festa. A sala do E1, onde sou auxiliar, ficou com o tema da música. E, portanto seriam músicos de uma banda. Pensei que seria engraçado trabalhar a propagação do som pelo ar.E pôr isto em prática nos fatos. Para os fazer usei fatos descartáveis usados pelos médicos nas salas de cirurgia para fazer as casacas, papel crepom dourado para a decoração, cola, e na cabeça eles levariam um chapéu que representasse o tema Ciência. E é aí que surge a ideia maluca de propagar o som pelo ar. O chapéu teria um livro de pautas e notas musicais a sair de dentro das pautas... como adoro desafios e a minha imaginação fértil viaja em maluquices... pus mãos à obra... mais colas, cartolinas, papel crepom... pauta e notas musicais gentilmente impressas e fornecidas pelo Sr. Prof. Mário... arame... imaginação... uma boa dose de loucura... tempo escasso devido a uns quantos feriados... atrasos por falta de material... e, para que tudo ficasse pronto a tempo e horas; duas noites à dormir às 3hs da manhã e uma noite inteira, literalmente em claro para fazer os chapéus... enfim; muitas horas de trabalhinho... e eis o resultado... hoje quando cheguei ao colégio ia mais morta que viva; visto que ontem à noite não preguei olho para ter os chapéus prontos. Comecei a fazê-los por volta das 22hs, tendo por companhia a maravilhosa voz do Josh Groban a cantar MI MOrena... as minhas manas e a minha adorada prima a falarem comigo pela net e a vontade enorme de cair na cama e dormir para descansar a mente e o corpo... mas não podia. Se o fizesse os meus anjos sem asas não teriam o fato completo. E, verdade seja dita, não sou mulher de deixar as coisas a meio ou faltar à palavra com aquilo que prometo. Hoje; depois de os ver vestidos, fiquei radiante de felicidade... os meus anjos sem asas estavam lindos. O efeito era o pretendido, e resultou num conjunto harmonioso, simples, mas perfeito. Por alguns instantes,os miúdos seriam olhados como pequenas estrelas... as estrelas da minha constelação. E o melhor de tudo... eles sentiam-se belos. Importantes. Felizes. E esta é a maior recompensa que eu poderia ter. Sabê-los felizes... não recebi um cêntimo a mais pelo trabalho que tive, não recebi um obrigada. Mas a alegria daqueles anjos sem asas é; deveras, o mais importante de tudo. Alguns colegas de profissão como a Cidália (pessoa a quem admiro e por quem tenho grande carinho e consideração), o Paulo, a Francisca, o Vilmar entre outros, elogiaram o meu trabalho e reconheceram o empenho que tive em dar o meu melhor naquilo que fiz. Mas, verdade seja dita... eu não preciso de palavras para saber o que valho... lolol... (modestaaaa!!!). E para que se comprove; cá está o resultado final. Vejam e deixem comentários... beijo da Dri.Ei-los...

Mais morta que viva...

é verdade... ando de rastos... a festa do colégio é já amanhã e ainda tenho os chapéus por fazer... hoje acabei (finalmente) de fazer as casacas dos "músicos"... ficaram lindas... (sei que sou suspeita para falar). Os meus olhos estão quase a fechar-se e o corpo pede descanso. Mas tenho um trabalho para terminar... amanhã por esta hora terá acabado o stress... imenso trabalho para poucos minutos... mas, no fim, terá valido a pena... os putos ficarão felizes por alguém pensar neles e vê-los como iguais... e é assim que os vejo... porque gosto mesmo deles... na sua diferença, encontro a igualdade de sentimentos... a inocência... a simplicidade de viver... e os "meus" meninos "especiais" são como anjos sem asas... para mim... apesar de alguma falta de educação, traquinice, teimosia... com o tempo aprendi a amar estas crianças; alguns, filhos de ninguém... amanhã eles serão estrelas... ao menos na minha constelação... e olharei para eles com orgulho; por mim... por eles... para quem tento dar o melhor de mim...
ao Cara lá de cima... obrigada por me fazer aprender a cada dia com esses pequenos, o prazer de viver...

Entre linhas e agulhas

 

Pois é… no próximo sábado é a festa do colégio onde trabalho. Estou a fazer os fatos de uma das salas onde dou apoio… os meninos serão a banda musical ( a fingir )… e vão ficar lindos nos fatos… amanhã publico umas fotos dos fatos dos chapéus… por hoje tenho que terminar de costurar os que me faltam… ontem fui dormir às 3hs da manhã… hoje, pelo que vejo, vai acontecer o mesmo… beijo e até amanhã…

Festas de fim de ano Lectivo

Estamos quase no final de mais um ano lectivo… estou cansada. No colégio onde trabalho teremos a nossa festa no próximo sábado (20/06). Estou a fazer os fatos dos alunos de uma das salas onde dou apoio. Eles vão vestidos de músicos de banda… vão ficar lindos… já fiz as casacas e um dos chapéus… depois publico as fotos …

Na creche da Catarina também já fizeram a festinha… cantaram uma marchinha e fizeram um lanche. Tivemos as rifas, as vendas… mas o melhor de tudo foi ver a carinha de felicidade da minha filha ao ver-me à sua espera… eu tinha dito que não sabia se podia ir à festa dela. À última da hora, enchi-me de coragem e pedi para sair mais cedo. Valeu a pena… a felicidade da minha filha vale qualquer preço que eu pague… o sorriso dela é mais brilhante que um raio de sol… estou cansada de correr de um lado para o outro, mas valeu o cansaço… ontem quando fui dormir passava da meia noite. Estive a fazer os docinhos e a terminar de fazer os alfinetes de ama para as vendas da creche dela… hoje a Catarina ia mais que feliz, com as coisas para dar para as vendas. Aqui ficam algumas fotos dos alfinetes…

Guardei um sonho nas minhas mãos

Para não o deixar fugir

Guardei um sonho nas minhas mãos

Mas ele quis escapar

por entre os meus dedos

Quis subir às nuvens

E andar à beira – mar

Quis gritar aos quatro ventos

O quanto sou capaz de te amar

Fechei a mão firmemente

Para não o deixar escapar

Pois o meu coração cansado

Já não se quer apaixonar

Guardei-o a sete chaves

Calei a voz para não falar

Fechei os olhos à tua beleza

E, assim, já não te posso enxergar

Bebi o sonho em cálice de fel

E senti sabor à tristeza

À esperança disse adeus

Renunciei à incerteza

E o sonho morreu em mim

Perdido … cansado

Olhando o horizonte sem fim

Sabendo-se desperdiçado…

Drica moura 10-6-09

 

se eu pudesse escolher
de entre todas as riquezas do mundo
se eu pudesse escolher
de entre tudo o que na vida há
escolher-te-ia a ti
Liberdade...
para ser apenas eu
e assim poder voltar a amar...

escolheria o meu vôo
o meu caminho
escolheria poder sonhar
escolher-te-ia a ti
Liberdade
escolheria poder rir
simplismente ser...simplesmente ter
o que a vida já não me dá

Drica Moura...
hoje...21:54

Já não me lembro há quanto tempo não me divertia tanto... no sábado passado fui a uma festa de aniversário se não original, mas muito divertida... era uma festa à fantasia... confesso que, de início não estava para aí virada. Ando cansada e não é uma festa que me vira a cabeça... na sexta à noite fui terminar de fazer as flores para a decoração da festa. No sábado, lá fui eu ajudar a decorar a casa... tivemos um certo trabalho, mas no final foi muito compensador. O tempo parecia que não ia ajudar. À parte de umas rajadas de vento, também fomos presenteadas com uma chuvinha. Mas não desistimos e continuamos a decorar tudo... enquanto comia um churrasquinho e bebia uma cerveja (nos intervalos) ofereci uma bebida ao santo para que ele limpasse o céu... coincidência ou não, o céu limpou e tivemos uma tarde espectacular... com um solinho gostoso que até deu para tirar um cochilo a "banhar-me" com os seus raios... só de lembrar da sensação dos raios a baterem-me na pele... hummmmm... que delícia!!! A noite foi chegando e voltámos à casa da Gaby para tomarmos um banho e vestirmos a nossa fantasia... confesso que estava curiosa a respeito da fatiota da Gaby... ela guardou segredo até ao último segundo... mas no fim; apareceu vestida de Ariel... foi o delírio das pequeninas... ficaram encantadas... eu vesti-me de vampira (improvisado, claro). Adoro as vampiras... bruxas... lolol... Quando lá chegámos já havia umas quantas pessoas... já se comia churrasco outra vez, bebia-se... a música rolava... e a caipirinha também... claro está que troquei a cerveja pela caipirinha... diverti-me imenso ... conheci umas pessoas novas... falei com outras que já conhecia... enfim... deu para esquecer a mesmice do dia-a-dia e, por umas horas, estar em um mundo de fantasia onde só havia alegria, felicidade, sorrisos, amizade... ficam as fotos para relembrar...

É de morrer a rir...

hoje a minha filha veio cuidar de mim... disse que ia fazer-me um tratamento. Assim sendo, foi à casa de banho, pegou uns lencinhos humedecidos e pôs mãos à obra... limpou-me os olhos, a cara... disse que eu tinha rímel a mais. Que está escrito no manual da maquilhagem que não se pode pôr muito... que para eu ficar bonita não preciso de o usar. Basta-me pôr baton, um "pózinho" nas bochechas, vestir roupas cor - de - rosa; de preferência vestido porque as mulheres elegantes não usam calças. E também deveria pintar o meu cabelo de preto ou loiro... A minha pequena deve ter uma impressão horrorosa da mãe... visto que odeio vestido, não uso pinturas para além do rímel e do baton, e tenho o cabelo quase vermelho... coitadinha... vai ficar traumatizada... lol

Dia da Criança

… e hoje, no dia da criança… quero deixar aqui o meu obrigada à minha filha, minha companheira dos momentos maus e bons… minha amiga pequenina… minha ouvinte… minha alegria… minha canção… meu universo… minha vida… a ti devo os meus sorrisos, as minhas lágrimas de alegria… as palavras mais doces que poderia ouvir de alguém… e, mais tarde… quando eu já não estiver aqui… quando os meus passos já não caminharem contigo; lembra-te que foi contigo que aprendi o verdadeiro significado da palavra AMOR… foi contigo que soube o que é o tal amor incondicional, verdadeiro… que vem do âmago do nosso ser… não por te ter gerado, por te ter carregado no ventre… por ter chorado quando te vi fora de mim, por não ter conseguido tocar-te quando te puseram em meus braços, tal era a emoção por ver-te… mas por descobrir no pequeno ser que saiu de mim, uma bebé maravilhosa, chorona… que não me dava sossego à noite, que exigia constantemente a minha presença… que só me deixava limpar a casa ou fazer qualquer tarefa que fosse, se estivesse “colada” a mim… sentadinha no teu “canguru” às minhas costas ou no meu regaço… amo-te porque descobri que a felicidade não é umas férias nas Bahamas, uma casa de dez assoalhadas, um carro último modelo, roupas com estilo com costumas dizer ou uma conta recheada… isso ajuda … mas a verdadeira felicidade, para mim… é ser reconhecida por ti no meio de um milhão de pessoas, como sendo única… é ver-te correr para os meus braços quando vou-te buscar à creche… é ver-te com saúde e a correr, saltar, gritar… é ver a tua imaginação ao rubro quando pegas em livros e lês as tuas histórias pelas imagens, ou inventas outras como queres e apetece-te… é ver o teu sorriso lindo pela manhã quando vês o sol a brilhar lá fora e eu quero ficar mais um pouco na cama e com tua voz doce dizes “´tá na hora menina do lacinho, levanta que o sol está lindo e o dia está belo”… felicidade para mim, é ver-te a dar mergulhos na piscina e nadares como um peixinho, a dominares o meio aquático como se dele não tivesses saído… é ver-e ensinares-me o plié, o arabesque, o primeiro passo,o segundo passo, o pé bonito e o pé feio… é ver-te correr na rua e a dar saltinhos a que chamas skippes… pois tudo lembra-te um ensaio de ballet… como se o teu mundo fosse sempre rosa… como se a vida fosse uma grande festa… e só importasse o agora… porque o ontem já passou e o amanhã pode não chegar… amo-te por tudo isso e muito mais… por quem és… porque és única… maravilhosa… linda… especial… minha filha…
Feliz Dia da Criança… para ti e para mim que descobri o meu lado infantil contigo… a saltar pocinhas no inverno, a comer gelados quando apetece… a andar descalça… e sentir-me amada… por quem sou … por ti… obrigada pr existires… minha razão de viver.

Bom Português

Outra noite, li para a minha filha, a versão infantil do livro Auto da Barca do Inferno. Ela fartou-se de rir ao ouvir-me dizer umas quantas palavras que não digo usualmente… eu não conhecia a obra e, quando comecei a ler, não pensei que tivesse tais palavras. Tanto é que, surpresa como fiquei, não consegui mudar uma letra do que estava escrito… não que eu eu seja uma destas mães que acham que seus filhos são santos e não dizem uma asneira… a Catarina já disse uma ou outra asneira, mas dei a volta ao assunto e ela não mas repetiu nunca mais. Mas, voltemos ao assunto…
Como eu não conhecia o livro, li tudo… tudinho sem tirar nem pôr uma letra… e eu própria, depois de ficar encarnada como um pimento por estar a dizer umas quantas asneiras (disse – me a Catarina que eu estava vermelha)… fiz como dizem os meus compatriotas brasucas… relaxei e gozei o prato… ri-me imenso ao ouvir-me a mim mesma dizer umas quantas palavras que, para nós, brasileirros, são indecorosas. E passo a citar:

“… Diabo:
Ora mexe-me esse cu!
Mas que caravela é esta!
… “ no Brasil é má educação dizer “cu”… dizemos “bunda” e cá habituei-me à palavra rabo, (acho mais simpático…  )

A Catarina ria-se a bandeiras pregadas ao ver-me encarnada como um tomate… realmente, eu devo ser muito pudica… e não me tinha apercebido… e, para disfarçar o meu embaraço, disse-lhe que estava a ler tal e qual como no livro, porque estava escrito em muito bom português…
Noutro dia, contei-lhe a história de “O Rei Vai Nú”… ela gostou imenso… hoje fomos ao supermercado e, curiosa como ela é, foi na secção dos livros e viu uma capa que lhe despertou a atenção… era o livro de O Rei Vai Nú… ela pediu-me para o comprar e eu dei-lho… no caminho para casa, ela já com o livro na mão, disse-me “ mãe, podes ler-me o livro? Aposto que ele está em muito bom português.” Realmente… não sei que ideia ela fez do livro… penso que por ter visto um desenho em que o rei está nu… mas ri-me imenso com a sua observação… ela é, deveras uma criança muito especial…