quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Chove...
ando pelas ruas
com a chuva a cair-me no corpo
a lavar-me a cara,
a escorrer-me pelo rosto
sinto o frio das tuas mãos na minha pele
e o desejo do teu beijo na minha boca.

Chove...
o cinzento do dia
é como o meu coração
pesado... triste...

Chove...
eu fujo de ti, fujo de mim...
fujo de um sentimento que não devia existir...

Chove...
e as minhas lágrimas misturam-se à chuva
e lava-me a alma
e leva-me a vida...

Chove...
lá fora, cá dentro...
eu não sei onde estás...
mas sinto-te aqui...
a pulsar no meu peito...
a eternizar-se em minha mente...

Chove...
e vejo-te chegar
encharcado... a rir-se...
como criança feliz
que faz uma traquinice...

É assim que te vejo...
que te sinto
que te perco
que morro...
como beijo esquecido
como adeus nunca dito.

Drica Moura

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