quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Uma história especial...

 
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segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

 
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domingo, 7 de dezembro de 2008

Quase Natal

Pois é… quase Natal outra vez… e eu a sonhar com as minhas queridas e abençoadas férias. Eu tenho andado tão cansada que não tenho pachorra para nada. Creio que este ano não vou fazer balanços de vida; pensar nas coisas que não fiz e que devia ter feito. Vou apenas aproveitar a época natalícia para estar de bem comigo. Feiz por estar viva. Feiz por ter saúde. Aproveitar cada segundo com a minha filha. Aproveitar cada segundo que passar com a minha irmã. Mesmo que sinta frio. Mesmo que não possa ter todas as prendas que penso que poderia ter. afinal portei-me bem e mereço-as… rs… mas tenho uma grande prenda. Uma dádiva que me concedida, uma tarefa que me foi confiada. Ser o anjo da guarda da minha filha. Cuidar dela como se fosse um precioso tesouro. E, já que é Natal… dou-vos uma prenda. Partilho convosco um momento lindo partilhado com a minha filha… espero que gostem .

A todos um bom Natal…

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

We wish a Merry Christmas

We wish you a merry Christmas
We wish you a merry Christmas
We wish you a merry Christmas
And a happy New Year
Glad tidings we bring
To you and your kin
Glad tidings for Christmas
And a happy New Year

We want some milk and cookies
We want some milk and cookies
We want some milk and cookies
Please bring it right here
Glad tidings we bring
To you and your kin
Glad tidings for Christmas
And a happy New Year

We won’t go until we get some
We won’t go until we get some
We won’t go until we get some
So bring it out here
Glad tidings we bring
To you and your kin
Glad tidings for Christmas
And a happy New Year

domingo, 23 de novembro de 2008

Domingo

Estou triste. A minha filha está doente. Deve ser algo passageiro, mas não gosto de a ver assim. A casa parece deserta, vazia. Hoje fomos ver a antestreia do Madagáscar 2 ao cinema. Participei num concurso do Estrelas e Ouriços e ganhei um convite duplo para levá-la. Desde a quinta-feira que ela esperava por isso com ansiedade. Ontem à noite a seguir ao jantar, disse-me que doía-lhe a barriga. Fiz-lhe um chá e deitámo-nos para ver um desenho enquanto eu falava com a minha família pea Net. Hoje pela manhã, acordou muito cedo para ir ao cinema. Não quis tomar o pequeno almoço, disse que lhe doía a barriga. Passados uns minutos desatou a vomitar. Vomitou imenso. Passados uns minutos dei-lhe um chá. Ela não o bebeu todo. Mau sinal. A Catarina adora chás. Eu queria ficar em casa mas ela insistiu em ir ver o filme. Fomos ao Alvaláxia. Ela estava deveras ansiosa. Antes de entrarmos na sala, ela ainda vomitou um pouco. Depois que sentámos pareceu demorar uma eternidade para o início do filme. Ela ficou sempre sentada ao meu colo. Para evitar uma situação menos agradável, sai um pouco com ela e fomos outra vez à casa de banho. Ela estava bem e voltámos para ver o filme. Vimos todo o filme e não houve acidentes. Na volta para casa, ela não quis vir de auto-carro nem de metro. Disse-me que queria caminhar. Tive receio de que ela não aguentasse, do Campo Grande até ao Alvalade é um bom bocado a pé. Mas ela tanto insistiu que viemos a pé. Sentámos um pouco no parque infantil do Campo Grande. Mas a Catarina não quis brincar. Sentou-se ao meu colo , aconchegou-se e assim ficou por um bocado. Estava uma tarde agradabilíssima, uma temperatura maravilhosa e um sol radiante. O vento batia-lhe no rosto e eu ficaria ali sentada com a minha filha ao colo por toda a eternidade. Mas tinha que levá-la para casa. Pú-la ao colo e atravessei a rua. Depois pousei-a outra vez ao chão e caminhámos devagar. Quando chegámos à casa, deitei-a e ela adormeceu. Está a dormir desde que chegámos… não quis comer nem beber nada. Apenas dormir…

sábado, 22 de novembro de 2008

O meu bom dia…

Hoje o meu dia começou da melhor maneira. Acordei e fiquei a ver um desenho das Winx com a pequena. Fizémos um bolo ao meio da manhã. Ela pede para os fazer mas não os come… rs… depois veio pedir-me para escrever a password do computador para ela copiar e poder entrar na net. É das coisas que a Catarina mais gosta de fazer, jogar nos sites para crianças. Depois eu vim por a password e ela pegou num caderninho de anotações e começou a rabiscar… fez uns desenhos e disse que era uma carta para mim, perguntei-lhe o que estava escrito e eis a tradução dos desenhos:


 

Carta de uma filha para a mãe

Tu és a mais amorosa de todas. Compras-me revistas das winx e filmes das winx. Vais ao cinema comigo. Tu és tão alegre quando ris-te. É tão bom jogar contigo no computador e rir contigo. E és a mais amorosa de todas… beijinhos da Catarina.

Claro está que os meus olhos encheram-se de lágrimas e o meu coração transbordou de amor… a minha filha é o maior presente que a vida me poderia ter dado… não tenho o amor com o qual todas sonhamos… um marido, amoroso, amigo, companheiro, amante…

Mas o acaso do destino deu-me esta filha… que é o centro do meu universo…

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Dá que pensar…


 


 


 

E se Obama fosse africano?

 
 
Por Mia Couto
 
 
 
Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles. Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada, as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor. Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.
 
Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.
 
Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.
 
Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: "E se Obama fosse camaronês?". As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano? São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.
 
E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?
 
1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.
 
2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-Ihe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-Ihe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.
 
3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos. Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente". Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.
 
4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um "não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).
 
5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas – tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.
 
6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.
 
Inconclusivas conclusões
 
Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.
 
Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.
 
A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos - as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa.
 
Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 de Novembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público.
 
No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre África. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada de políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política. Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.
 
Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.
 
 
 
 
 
 
Jornal "SAVANA" – 14 de Novembro de 2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

 

 

 
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Domingo…

Ontem estava cansada de ficar fechada em casa e fui dar um passeio com a pequena. A tarde estava linda e convidava para uma aventura… saí de casa com destino incerto. Não tinha a certeza de onde ir … Como não vou muitas vezes à Baixa de Lisboa, resolvi ir até lá. No verão a Catarina tinha-me pedido para ir ver o que havia no elevador de Sta. Justa… infelizmente havia uma fila enorme de turistas e não deu para subir com ela. Ontem resolvi arriscar e lá fomos as duas. Ela adorou.Mostrei-lhe um pouco de Lisboa vista de cima… é realmente uma visão maravilhosa… ela estava encantada, até que a sua curiosidade infantil viu um lance de escadas e, ouvi um "vamos ver o que há além?"… eu queria ouvir tudo… menos aquilo. Tenho pavor de alturas… subir de elevador, andar de avião não me causa mossa… mas subir escadas numa altura tão grande… bem… não é mesmo o meu ponto forte… eu tentei resolver de outra maneira, dar a volta ao assunto, mas ela foi irredutível… queria mesmoir lá acima… ok… o que uma mãe não faz para agradar a sua cria? Lá fui eu escadas acima… demos uma voltita, apreciámos a vista e, eis que havia outro lance de escadas… mais uma vez a terrível frase… "o que haverá lá em cima?"… era demais para mim… tentei argumentar, fazer a Catarina ver que eu não conseguia, mas a ingenuidade dela e a sua força de vontade prevaleceram mais uma vez… "não tenhas medo, mãe… eu seguro na tua mão"… diante deste argumento, cedi… devo confessar que eu também queria ver se vencia o meu medo. Subimos os degraus. Claro que já não apreciei a vista com calma e tranquilidade. O medo paralisava-me… resolvi descer… pois é..

Dizem que para baixo todos os santos ajudam… comigo foi exactamente ao contrário… para subir, os santinhos todos ajudaram… mas para descer… bem… devem-se ter esquecido de mim… só o medo me fazia companhia… eu tinha mesmo que olhar para baixo… tinha umas botas altas e tinha que ver onde punha os pés… a escada estreita em caracol não ajudava nada… e, ainda por cima tinha que segurar na mão da minha filha para ajudá-la a descer… grande sarilho!!! Jurei para nunca mais… desci o primeiro lance de escadas a tremer… mal cheguei no último degrau, sentei-me no chão para recuperar forças… esperei que toda a gente descesse… corria um suor frio pelo corpo… fingi que apreciava a vista olhando para o horizonte, a tentar que as pessoas não se apercebessem do meu medo. A Catarina só dizia, "não fiques assim… falta pouco… eu ajudo-te…" mas dizer isso ao meu medo… lolol … não havia maneira de eu me acalmar. Enfim… eu tinha que descer… a qualquer custo. Reuni as forças que me restavam e lá fui… de mãos dadas com a Catarina, perninhas a tremer… desci o último lance de escadas que me separavam do elevador… último degrau… finalmente… quando o vi, nem quis acreditar… estava em segurança… esperei pelo elevador que demorou uns minutinhos… mal ele abriu as portas, sentei-me e deixei o medo lá fora. Apreciei a vista e agradeci a Deus por estar em segurança.

Infelizmente não consigo combater o medo (pânico) das alturas… mas consegui proporcionar uma tarde (+/- ) agradável à minha filhota. Depois… com os pés firmes no chão, fui até aos Armazéns do Chiado onde ela viu o Pai Natal e ganhou uma prenda dele… um livro… que ela adorou… ainda tivémos tempo de vir até à Praça da Figueira ver os pombos em revoada e tirar umas fotos… já fazia-se tarde e entrámos na estação do metro para virmos para casa… enfim…. Uma tarde agradável… na companhia da minha filhota e com saudade dos manos que tive que deixar on-line para ir passear com a pequena…

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

 

 
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Já cheira a São Martinho

E as castanhas são o ponto alto desta data… por isso, hoje fui ao mercado com a minha filha para comprar castanhas para levar para a escola. Ela embirrou que hoje havia de levar castanhas e eu concordei, pensando que ainda havia das que tinha comprado no fim-de-semana… engano meu… já tinham acabado e não sabia o que fazer, visto que ela só mas pediu ontem à noite…

Como toda a mãe galinha, levantei-me mais cedo que o habitual, arranjei-me, acordei-a… arranjei-a… tomamos o pequeno –aalmoço e fomos as duas a rir e a cantar músicas de castanhas… rumo ao mercado… lá chegámos e fomos direitas às bancas… ela viu as ditas cujas primeiro que eu… escolheu-as e disse à senhora que queria 5 castanhas… eu ri e disse que a senhora podia por mais… não ia pedir apenas 5 castanhas… rs… dei-lhe o dinheiro para ela pagar, e lá fomos nós… quase a correr para que eu não chegasse atrasada (ainda mais) ao meu trabalho… fiquei feliz de ver a minha filha tão satisfeita por levar uma coisa para partilhar com os amigos…

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Estou cansada...
mentalmente exausta...
físicamente sem forças...
dp volto...

domingo, 2 de novembro de 2008

Retrato


Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.


Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.


Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
a minha face?

Cecília Meireles

sábado, 1 de novembro de 2008

Dia das Bruxas




Ontem (sexta-feira) fui com os meninos da minha sala à Quinta Pedagógica dos Olivais. Era o Halloween na Quinta. Queimámos os espantalhos que fizemos no passado, fizémos um espanta espírito, depositámos as cinzas dos espantalhos na terra, ao pé das árvores para agourar boa colheita. Vimos os animais e os miúdos receberam chocolates… eu lembrei todo o tempo da minha filha. Mas não a podia ter levado … ela comemorou o Pão por Deus na creche. Para este efeito, foi pedida a colaboração dos pais para que, ao invés de mandar doces e rebuçados, mandassem sandes e bolos secos. Hoje gostaria de a levar vestida de bruxinha a qualquer lado, ela está-me sempre a pedir. Mas não sei onde. Lol… logo se vê…


 








 

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A inocente crueldade infantil…


 

Sim, é verdade… uma criança a quem pintámos de anjo pode ser tão cruel; inocentemente; quanto um adulto. Tive a noção disto numa destas frias noites em que conversava pela net com as minhas manas. A minha filha, desde bebé, tem privado mais com uma das tias em parcticular devido à nossa distância não ser assim tão grande. Nós vivemos em Portugal e a tia em Itália. Como tem sido hábito, desde que a pequena nasceu, os tios presenteiam-nos com uma ida à casa deles para, que desta forma, não possam perder muito do seu crescimento e desenvolvimento. Os outros familiares vivem no Brasil, de modo que, infelizmente, o dinheiro não abunda para lá irmos mais regularmente visitar a família que ela tanto ama e que também morre de amores por ela.

Numa destas noites em que "chatávamos" (passe a expressão) com as tias, ela achou que teria muita piada brincar com as tias ao jogo do contrário que aprendeu num desenho animado. O jogo consiste em dizer o que se sente, mas de forma contrária. Ou seja; se digo que estou a falar é porque estou calada… se digo que tenho fome, é porque não tenho… ela brincava com as tias e disse a uma delas que não gostava dela. Que preferia a outra tia. infelizmente para a minha irmã que ouviu aquelas palavras e que não sabia que se tratava de uma brincadeira; aquilo caiu-lhe muito mal. E, para azar da minha mana, ela estava na bendita TPM, de modo que as simples palavras da minha filha, caíram-lhe como punhais no coração. Ela ficou transfigurada, nem quis acreditar no que estava a ouvir. De repente levantou-se e foi à casa de banho. Quando voltou tinha os olhos vermelhos de chorar e não conseguia conter as lágrimas. Eu fiquei muito triste e também comecei a chorar. Nunca tinha visto a minha mana tão triste. E vê-la a chorar por algo provocado pela minha filha mexeu ainda mais comigo. Como é que alguém a quem tanto amo, mais que a mim mesma; pôde ser tão inocentemente mazinha a ponto de fazer sofrer outra pessoa que eu também amo imenso?

No meu cérebro não cabia tantas perguntas e não havia respostas a dar. Era tudo muito simples, a minha filha, a brincar havia ferido de morte a minha irmã. Claro está, que dei um sermão daqueles na minha pequena, chamei-a para que ela visse a tia a chorar, expliquei –lhe que¸às vezes, as palavras ferem mais do que um estalo. E que a tia estava a sofrer por causa das palavras dela. A pequena ficou triste… chorou imenso, tomou consciência do seu acto impensado e pediu desculpas à tia. Disse que não tinha querido dizer aquilo, tinha sido a sua cabeça que tinha mandado… (pior a emenda que o soneto…).

A tia perdoou. Disse que ela ainda é muito pequena para entender certas coisas. E que tinha ficado daquela maneira por causa da TPM. Eu levei uma bronca da outra mana, por ser tão rígida com a Catarina. Na opinião dela, eu tenho que ser mais branda, para a compensar da falta de irmãos, família e da minha própria ausência diária (como todas as mulheres que trabalham fora, deixo a minha filha na creche pela manhã e só volto a vê-la ao fim da tarde quando regresso do trabalho).

Não sei se fiz bem, se fiz mal. Se devia ser, realmente, mais branda e desculpar mais coisas … mas infelizmente a vida não é branda para ninguém e, prefiro ser eu a ensinar à minha filha a ser mais delicada e perspicaz do que deixá-la aprender a duras penas.

sábado, 25 de outubro de 2008

scraps para orkut

Mensagens de Leão atualizadas em Recadosonline.com
[orange]***[/orange] http://www.RecadosOnline.com/leao.html [orange]***[/orange]


quarta-feira, 22 de outubro de 2008

me...

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terça-feira, 21 de outubro de 2008

Para a Catarina


A mãe trouxe-te estrelas

Tantas quanto pôde ver

São estrelas, meu bem

Para veres sempre que te apetecer


 

Estrelas de tantas cores

Azuis ,verdes, vermelhas, amarelas

Em teus sonhos têm sabores

Anis, kiwis, morangos, seriguelas


 

São tuas, filha

Deixa-as brilhar

Vão estar sempre ali

Até que te canses de olhar


 

Dei-te estrelas, meu amor

Para te guardar o sono

São tuas as estrelinhas

Para que, mesmo a dormir não te sintas sozinha


 


 

Adriana tordo 10/01/2005

Sobre a Felicidade

 
 

Enquanto estive "de cama", aproveitei para fazer algo que adoro. Ler. Embora ultimamente não tenha tido tempo nem disposição para tal. Peguei uma revista e comecei a folhear. Dei de caras com uma materia que chamou-me logo a atenção. "Viagem ao Nosso Eu". A materia era sobre uma nova área da psicologia. Chama-se Psicologia Positiva. Este novo "caminho" da Psicologia nasceu recentemente, e o "pai" da P.P é um senhor chamado Martin Seligman. Ele defende que a "tal felicidade" divide-se em três etapas.

As emoções positivas;

O Envolvimento

E o Sentido para a vida.


 

A psicologia positiva ajuda o indivíduo a focar-se no que tem de bom, nos momentos óptimos e não só remexer nas feridas. Nas páginas da revista tem um teste para sabermos como nos sentimos no nosso próprio universo. Passo a transcrevê-lo.:


 

Escala de Satisfação com a Vida


 

Sob a maioria das areas, a minha vida está perto do meu ideal


 

As condições da minha vida são excelentes


 

Estou satisfeito com a minha vida


 

Até agora tenho tido as coisas importantes que quero na vida


 

Se pudesse viver a minha vida outra vez, não mudava quase nada


 

Chave para as respostas:


 

  • 7 . concordo totalmente
  • 6 . concordo
  • 5 . concordo um pouco
  • 4 . não concordo nem discord
  • 3 . discordo um pouco
  • 2 . discordo
  • 1 . discordo totalmente


 


 


 

Pontuação


 

Relativamente à sua vida, sente…


 

+ 35 – 31 extremamente satisfeito

+ 26 – 30 satisfeito

+ 21 – 25 moderadamente satisfeito

+ 20 neutro

+ 15 – 19 moderadamente insatisfeito

+ 10 – 14 insatitisfeito

+ 5 – 9 extremamente insatisfeito


 


 

Espero que te seja útil… eu gostei, mesmo sabendo que o resultado do meu teste não foi dos melhores… lolol.

domingo, 19 de outubro de 2008


Desaparecida

estive sumida por uma temporada, mas estou de volta.
Amanhã escrevo, digo para mim mesma, mas há qualquer em mim que me distancia as mãos do teclado e cada palavra que tento escrever desvanece, esfumaça, viaja a centenas de quilómetros por segundo, esvaziando a minha mente e deixando a minha alma ôca de pensamentos. Tenho um cansaço enorme em mim. Não o cansaço físico que tantao queria; mas um cansaço mental que mina-me as forças, que corrói a alma. Sinto-me vazia. Só. Nem mesmo o falar com a minha família todos os dias me faz sair desta letargia em que me encontro. Por vezes sinto-me atada ... pés e mãos. Uma vez, quando eu era criança, lembro-me de me ter afogado... estávamos num pic-nic com alguns amigos dos meus pais. Tinha uma lagoa e, no meio dela, havia uma pedra enorme... e a aventura maior que poderíamos fazer, era chegarmos a tal pedra, tocar nela se não conseguíssemos subir e deixar a nossa "marca" no topo dela. Eu não sabia nadar... e o meu irmão, mais velho que eu um ano, disse que me ajudava a ir até lá. Sentámos numa bóia improvisada de uma câmara de ar do pneu do carro do nosso pai, e lá fomos os dois. Quando chegámos junto à pedra, não lembro bem porque ou como aconteceu... lembro apenas que a bóia virou, eu caí e como não sabia nadar, não conseguia vir à tona... lembro de ver a pedra e ter os olhos abertos... deixava-me afundar sem mexer um dedo... olhando as bolhas de ar libertadas pela minha boca a subirem para onde eu devia de ir... lembro do medo e ao mesmo tempo da confiança cega que tinha no meu irmão e nos meus pais que lá estavam, eu devo ter pensado que nada de mal me poderia acontecer... eles estavam lá... o meu pai e a minha mãe... e nada me ia acontecer... eles viriam buscar-me antes que fosse tarde. No fundo eu sabia que o meu irmão não me podia resgatar, era um pouco mais velho que eu, sabia nadar mas não era o suficiente para mergulhar e trazer-me de volta... mas ele chamaria os nossos pais... e assim foi... do mesmo modo que me senti afundar, também senti-me ser içada pelas mãos gigantes do meu pai que me olhava espavorido com o medo estampado na cara. Eu estava salva. O meu pai estava lá. A minha mãe chorava, agora de alegria por ver-me com vida e sem sequelas. E o meu irmão, com cara de alívio olhava para mim, com um ar interrogativo ... sem saber ao certo o que tinha acontecido. Procurando um culpado para o ocorrido... teria ele virado a bóia de propósito? teria eu tentado tocar na pedra e por um desequilíbrio meu, caído na água sem querer? não sei. não lembro. Lembro apenas de ter sido salva pelo meu pai, das lágrimas e do olhar de alívio, de amor e ternura da minha mãe.Lembro apenas da plena e absoluta certeza que tive de que nada me poderia acotecer de mal, porque eles não deixariam.
Hoje sinto-me só. E esta lembrança veio à tona porque é como me sinto agora. A afogar-me, a deixar-me cair no fundo de uma lagoa... sem forças e sem saber respirar. Mas sei que eles estão lá fora. Chamando por mim, esperando por mim. Não me podem dar ajuda física. Mas nossos pensamentos estão ligados. E eles me chamam. E eu ouço chamado da voz do meu pai, e sinto a alegria da minha mãe (que já não está connosco). Mas sinto a sua alegria nas minhas tias-avó. Na voz das minhas irmãs. A dizerem-me para não me deixar afogar. Para lutar com unhas e dentes. Para vir à tona, para respirar. Para renascer. É por eles, e por mim... que arranjo forças para sorrir. É pelo Sol que brilha no olhar da minha filha que arranjo forças para, na minha solidão, submergir dos pensamentos sombrios, esquecer as palavras que me magoam... as atitudes que me enervam e vir à tona... Estou aqui... Estou de volta.
Um brinde à luz... ao amor fraterno... paterno... materno... amor puro, simples... sublime...transcedental...incondicional.
à vocês família... obrigada... por tanto amor, carinho e dedicação.
a ti, Filipa... obrigada por me "ouvires"...

sábado, 30 de agosto de 2008

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Esta é para rir...

O Vestibular da Universidade de São Paulo cobrou dos candidatos a interpretação do seguinte trecho de um poema de Camões:
 

 Amor é fogo que arde sem se ver,

é ferida que dói e não se sente,

é um contentamento descontente,

dor que desatina sem doer '.


 

Uma vestibulanda de 19 anos deu a sua interpretação em forma de poesia: 


'Ah! Camões,

se vivesses hoje em dia,

tomavas uns antipiréticos,

uns quantos analgésicos

e Prozac para a depressão..

Compravas um computador,

consultavas a Internet e descobririas

que essas dores que sentias,

esses calores que te abrasavam,

essas mudanças de humor repentinas,

esses desatinos sem nexo,

não eram feridas de amor,

mas somente falta de sexo!'


 

Ganhou nota dez. Foi a primeira vez que, ao longo de mais de 500 anos,   alguém desconfiou que o problema de Camões era falta de mulher...


 

 

domingo, 3 de agosto de 2008

Sábado






Ontem foi um dia normal... tranquilo... com um pouco de chatice pelo meio, lol... eu, simplesmente a d o r o  a minha sestinha a seguir ao almoço. E a Catarina dá-me cabo da cabeça, porque não gosta de dormir à tarde... na escola dorme todos os dias, em casa niente. Tenho que pedir o controle remoto que as educadoras usam no infantário para usar aos fins de semana e nas próximas férias...lolol... 
Estive em casa todo o dia a tentar arrumar as coisas espalhadas pela Cati enquanto brinca e os dvd´s que ficam fora das caixas, ou ficam trocadas quando ela os arruma. À tarde tocou o dino (o meu telemóvel) e eu fui atender toda contente a pensar que era a minha cunhada, Filipa, para combinarmos para ir ao Parque das Nações ver a Abertura da Festa dos Oceanos com os putos. Não era... era uma pessoa de quem gosto imenso e que faz parte do meu ambiente de trabalho. Não posso dizer que somos amigas... mas há uma empatia muito grande entre nós, somos companheiras, dividimos as coisas boas e as más que nos acontecem no trabalho... chama-se Cidália e é uma mulher coragem. Ligou-me para saber como estava a ser o primeiro dia de férias e para desejar umas boas férias, o mesmo desejei-lhe a ela e aos seus...
À noite, depois de a Catarina muito me chatear para saber quando é que íamos ao Parque das Nações, dei-lhe o jantar e lá fomos nós... sempre as duas... o Rocky e a Amiga... lol...  Ela feliz da vida e ansiosa para ver os fogos... eu, cansada e com um sono que só Deus sabe...  lol... mas para vê-la feliz, faço qualquer coisa... 
Chegámos mesmo uns minutos antes de começar o espectáculo. Foi bonito, mas deixou muito a desejar... O início aconteceu próximo ao Oceanário. Com música, bailarinos e efeitos especiais em uma fonte improvisada. Infelizmente não se via o bailado porque os dançarinos dançavam no chão e as pessoas que haviam chegado primeiro aglomeram-se todas e as baixinhas como eu, nada viram. Depois dirigiram-se todos a outro ponto do Parque das Nações para ver a segunda parte. Iam todos ao mesmo tempo, como se de uma procissão se tratasse... eu, ao contrário de toda aquela gente, fui pelo caminho inverso e tive a bendita idéia de atravessar a ponte para não andar naquela maralha. Que parva idéia...lol... eu morro de medo de alturas, mesmo que seja subir num banco... pensava eu que por estar de chinelas não me faria tanta confusão... mas há 10 metros do início da ponte, já eu transpirava imenso e segurava a mão da Catarina com tanta força que ela disse, "mãe, estás a magoar a minha mão"... diminui a força, e tentei acalmar-me para não lhe passar o meu medo... mas estava deserta que acabasse o raio da ponte que parecia não ter fim. Mas ouvir o barulho de algumas tábuas meio soltas não ajudava nada... Quase que dei saltinhos quando, finalmente, chegámos ao fim da ponte...lol... e acho que a Catarina não se apercebeu do meu medo... mas, graças à mina idéia parva (lol) conseguimos um óptimo lugar  para ver-mos a segunda parte da apresentação... ficámos mesmo à frente das outras pessoas e a Cati pode ver tudo... A seguir foi a vez do terceiro e último acto... outra vez não vimos os bailarinos, mas deu para ver os fogos, que a Catarina gosta de ver mas não de ouvir... lol... mas estava tão ansiosa que adorou ver os fogos a explodirem por cima de nós... gostou tanto que quando acabou perguntou quando é que havia outros... lol...
Aqui ficam algumas fotografias para quem não foi... olhando agora, acho que é mais bonito nas fotos...lolol... 

sábado, 2 de agosto de 2008

adorava dançar na lua... lolol

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Agradecimento


S.A , obrigada pelas visitas que me fazes... sabem-me tão bem...  

Inspiração ...

Hoje acordei virada para a leitura e, enquanto a Catarina ainda dormia, peguei no meu inseparável amigo computador, e abri os livros sempre novos e que não ocupam lugar nas estantes e prateleiras, nem acumulam pó… os e-boooks… preciosidades da internet (lol) e fui abrindo devagar, calmamente… para escolher a minha leitura para essta manhã. Encontrei coisas lindísimas que aos poucos vou partilhar convosco…  um dos e-books que abri chama-se Motivação…  e que pode ser encontrado em http://www.idph.net. 

Este pequeno livro é uma coletânea de textos seleccionados da Internet. Dele escolhi uma lenda que fala muito bonita... espero que gostem.


Uma Lenda, Linda Lenda

Existe uma história de simplicidade linda, que eu gostaria de contar. Um lenda, um acalanto. . . . . . .Não sei se é verdade. . . e não me importo com isso. Não  precisa ser. . . ..

Foi há muito tempo atrás. . . depois do mundo ser criado e da vida completá-lo.

Num dia, numa tarde de céu azul e calor ameno. Um encontro entre Deus e um de seus incontáveis anjos. Acredita?

Deus estava sentado, calado. Sob a sombra de um pé de jabuticaba. Lentamente sem pecado, Deus erguia suas mãos então colhia uma ou outra fruta. Saboreava Sua criação negra e adocicada.Fechava os olhos e pensava. Permitia-se um sorriso piedoso.Mantinha seu olhar complacente. Foi então que das nuvens um de seus muitos arcanjos desceu e veio em sua direção.

 Já ouviu a voz de um anjo? É como o canto de mil baleias. É como o pranto de todas as crianças do mundo. É como o sussurro da brisa.

Ele tinha asas lindas. . . . brancas, imaculadas. Ajoelhou-se aos pés de Deus e falou:

— Senhor. . . visitei sua criação como pediu. Fui a todos os cantos.Estive no sul, no norte.No leste e oeste. Vi e fiz parte de todas as coisas.Observei cada uma  de suas crianças humanas. E por ter visto, vim até o Senhor. . . . para tentar entender.Por que? Por que cada uma das pessoas sobre a terra tem apenas uma asa? Nós anjos temos duas. . . podemos ir até o amor que o Senhor representa sempre que desejarmos. Podemos voar para a liberdade sempre que quisermos. Mas os humanos com sua única asa não podem voar. Não podem voar com apenas uma asa. . . ”

Deus na brandura dos gestos, respondeu pacientemente ao seu anjo.

— Sim. . . eu sei disso. Sei que fiz os humanos com apenas uma asa. . . ”

Intrigado, com a consciência absoluta de seu Senhor o anjo queria entender e

perguntou:

—Mas por que o Senhor deu aos homens apenas uma asa quando são necessárias duas asas para se poder voar. . . . para se poder ser livre?”

Conhecedor que era de todas as respostas, Deus não teve pressa para falar. Comeu outra jabuticaba, obscura e suave.

Então, respondeu:

— Eles podem voar sim meu anjo. Dei aos humanos apenas uma asa para que eles pudessem voar mais e melhor que Eu ou vocês, meus arcanjos. . . . Para voar, meu amigo, você precisa de suas duas asas. . . Embora livre, sempre estará sozinho. Talvez da mesma maneira que Eu. . . . Mas os humanos. . . . os humanos com sua única asa precisarão sempre dar as mãos para alguém a fim de terem suas duas asas. Cada um deles tem na verdade um par de asas. . . .uma outra asa em algum lugar do mundo que completa o par. Assim eles aprenderão a se respeitarem pois ao quebrar a única asa de outra pessoa, podem estar acabando com as suas próprias chances de voar. Assim meu anjo, eles aprenderão a amar verdadeiramente outra pessoa. . . aprenderão que somente se permitindo amar, eles poderão voar. Tocando a mão de outra pessoa em um abraço correto e afetuoso eles poderão encontrar a asa que lhes falta..e poderão finalmente voar. Somente através do amor irão chegar até onde estou. . . assim como você meu anjo. E eles nunca. . . . nunca estarão sozinhos quando forem voar.”

Deus silenciou em seu sorriso.

O anjo compreendeu o que não precisava ser dito.

E assim sendo, no fim desse conto, espero que um dia você encontre a sua outra asa. . . Para finalmente poder voar.

 









 


 

 

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Primeiro dia de Férias






Quando acordei o sol brilhava lá fora e eu feliz da vida pensei que era já quase meio dia. Como de costume, peguei no telemóvel (dino como eu costumo chamar, porque é um telemóvel que já não se usa e, baptizei-o de dinossáurio) e fui ver as horas… grande decepção… eram apenas 7 horas da manhã… a minha grande façanha foi ter dormido uma hora a mais que habitual. Para fugir à rotina, deixei-me ficar deitada e como não conseguia voltar a dormir, peguei no computador vim escrever no blog. Acho que está a viciar-me…lol…

Pela manhã aproveitei para ficar todo o dia na cama a ver desenhos e a brincar com a Catarina. Na parte da tarde fomos ao Museu da Cidade. Visitámos o jardim e a Catarina encantou-se com os pavões. Andámos atrás deles, vimos tartarugas, peixes e um pavão branco. Descobrimos um ninho com um ovo e conseguimos apanhar umas penas que a Catarina exibia como se de um troféu se tratasse.  Depois visitámos o Museu propriamente dito, percorremos todas as salas, vimos tudo. Eu já estava cansada e com uma dor de cabeça horrível por não ter dormido à tarde (hábito que vem de criança)… fomos outra vez ao jardim e na volta ainda sentámo-nos no Jardim do Campo Grande para observar os patos no lago e os casais que andavam nos barquinhos. Infelizmente a dor de cabeça não me deixava em paz e tive que vir para casa. Amanhã é outro dia e logo se vê…