quinta-feira, 25 de junho de 2009

Reencontro...




Hoje foi um dia deveras feliz para mim e para a minha filha. Acordámos cedo e preparámo-nos para mais um dia rotineiro. Enquanto eu fazia-lhe o pequeno - almoço, uma dúvida assolava o meu poensamento. Deveria ir ou não ao aeroporto esperar a minha mana que chegava do Brasil? Deveria eu, chegar atrasada ao trabalho, justo hoje que tínhamos uma visita importante de funcionários da DREL no colégio? Poderia eu, faltar aos meus compromissos para atender a um pedido da minha filha?
Coração e Mente em contradição... numa desordem tal, que quase dava um nó no cérebro. Por fim a emoção venceu a razão. Num ápice, antes que me arrependesse; peguei no telefone e liguei para o colégio. Avisei que chegaria atrasada e expliquei o motivo. A Catarina deu um salto de alegria. A sua felicidade era contagiante. Eu havia tomado a decisão correcta. Chegámos ao aeroporto no momento exacto em que o avião da TAP onde vinha a minha mana, estava a aterrar. A espera parecia interminável. Pessoas carregadas saiam pelos portões de desembarque... Pessoas que esperavam por alguém... pessoas que tardavam a chegar... esperei...esperei...
Finalmente; quando eu já estava a desistir de ficar ali à espera, ela apareceu... linda... radiante... feliz...
A Catarina saltou-lhe para o colo... Um sorriso maior que a sua carinha denunciava os laços de sangue e de amor que une a minha família... tia e sobrinha abraçaram-se em silêncio... as lágrimas de felicidade no rosto da minha mana e o sorriso radiante da minha filha... foram um bênção para o meu coração magoado... os meus olhos transbordaram de alegria. Todos os medos se dissiparam... a minha escolha tinha sido a mais acertada... a minha filha estava feliz... A minha irmã estava feliz... na alegria do reencontro, toquei num instante de paz... na plenitude da felicidade...
Valeu...
cada segundo de espera...
o sorriso da minha filha a iluminar o dia nublado...
a felicidade estampada no rosto da minha irmã...
o fortalecer dos laços que nema distância, nem o Tempo são capazes de apagar...
Ficam para a eternidade, registada pela minha mão trémula e a lente da minha máquina, o instante mágico em que tia e sobrinha abraçaram-se... eternizando o amor verdadeiro que as une... apesar da distância... apesar da distância... apesar dos pesares... (a minha mana sabe do que falo)...

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