quarta-feira, 25 de março de 2009


O tempo parecia parado... eu olhava para o telemóvel a ver se os segundos passavam... se os minutos passavam... a minha ansiedade e a minha saudade estagnavam os segundos e aquela meia hora parecia uma eternidade...finalmente eram horas... saí a correr... a saudade era tanta que ia quase a voar... é assim todos os dias; todos os fins de tarde... o caminho parece mais longo...
finalmente desci as escadas ... os últimos passos que me separavam da minha filha... os meus olhos procuravam-na ávidamente... de repente avistei-a... pequena, frágil... a correr por entre os coleguinhas... leve como uma pluma... ágil... os seus pés pareciam não tocar o chão... como se ela tivesse asas... parei... fiquei a observar... o meu coração encheu-se de amor... e os olhos traíram-me... por um segundo senti-me frágil... o amor tem destas coisas... deixa-nos tolas... e o amor que sinto pela minha filha é mesmo assim... incondicional... e ao mesmo tempo que dá-me forças para resistir as intempéries da vida; torna-me frágil diante do seu sorriso... da sua ternura... e quando sinto as suas mãos a segurarem nas minhas, quando sinto o seu abraço; é como se todo o mundo coubesse ali... naquele abraço... como se tudo se resumisse apenas ao aperto da sua mão e toda a alegria e felicidade estivessem contidas no seu sorriso... fiquei ali... a olhar... a admirar... embevecida... apaixonada por este ser que me faz sentir tão grande,tão especial... e nem dá-se conta de que ela é que é o centro do meu universo... ela é que é a grande dádiva da Vida... da minha vida... e que o simples facto de ela existir, faz feliz tanta gente que a ama.O meu pai, os meus manos e manas... meus tios e tias... a minha família... A sua família. não lhe passa pela cabecinha o quanto é amada; querida... e este amor faz-me viver... sonhar... e tentar fazê-la feliz o mais possível...

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