sábado, 21 de março de 2009

Resumo

Esta foi, sem sombra de dúvidas, uma semana difícil para mim. Na quarta-feira estava a falar com a minha mana Cláudia pelo Messenger e ela disse-me que o nosso pai tinha ido fazer um electrocardiograma porque tinha sentido uma dor no coração. Imagino a aflição dele, para ir ao médico deve ter sido algo muito forte… ele odeia ir ao médico… para completar; a minha irmã Andréia tinha uma cirurgia marcada para ontem… ia tirar um mioma. Como se já não bastasse a sua saúde frágil e debilitada, ainda mais uma para ajudar. Passei toda a semana nervosa, tensa… em consequência; também eu fiquei doente. Os nervos eram tantos que o meu sistema imunológico avariou… fiquei constipada, tive febre por duas noites seguidas, diarréias matinais… e os nervos eram tantos que tenho o pescoço rijo e a doer até dizer chega. Como se todo o peso do mundo tivesse recaído sobre mim. Tentei minimizar as coisas e não mostrar-me tão nervosa por causa da Catarina. Não gosto que os meus problemas a afectem. E; como se não bastasse todo o conjunto de preocupações, na quinta-feira comemorou-se o Dia do Pai aqui em Portugal. Havia uma festa na escolinha da minha filha e todos os pais estavam convidados; óbviamente. A Catarina estava radiante, havia feito a prendinha para dar-lhe e pensava que ele ia à festinha. Infelizmente, conhecendo-o como conheço-o; já sabia que ele não compareceria. De manhã; antes de sair de casa e, por descargo de consciência, perguntei-lhe se ia lá buscá-la e ficava para a festinha… a resposta era já a esperada. NÃO. Nada que eu não esperasse. À tarde, saí a correr do trabalho e fui buscar a Catarina à escola. Quando lá cheguei ela estava triste. Sentadinha a um canto e com um ar infeliz. Quando viu-me a chegar, correu para mim e deu-me um grande abraço. “o pai não veio”… foi a primeira frase que ouvi da sua boca. Como sempre, tentei apaziguar o seu espírito… disse que se calhar ele estava ocupado e não pôde ir… mas a minha filha é esperta demais para se deixar enganar… “não, mãe… tu sabes que ele não gosta de gente… ele não veio porque não quis.”… o que posso eu dizer a uma criança de 5 anos que se apercebe das coisas e não se contenta com uma meia verdade?... para não lhe passar uma imagem “errada” do pai, eu disse que cada pessoa tem o seu feitio, o seu modo de ser e estar… que devemos aceitá-las e respeitá-las como são… é assim que mostrámos que gostámos delas… aceitando – as como são. Isso resultou. Mesmo triste, ela disse…”ok; eu dou-lhe a prenda quando chegarmos à casa.” Depois disse-me que não tinha importância, no Dia da Mãe ela sabia que eu ia lá estar… enchi os olhos de lágrimas e dei-lhe um abraço. Eu sou o seu porto seguro, o seu amparo, a sua alegria… o seu pilar neste mundo estúpido… e ela sabe disso… fomos comer um gelado para tentar compensar os dissabores do dia e diverti-me imenso ao vê-la a escolher os sabores do seu gelado… claro está que depois quis provar do meu… quando acabámos de comer o gelado, a Catarina já se tinha esquecido da tristeza que lhe assolava a alma e; de mãos dadas seguimos juntas para casa…
Hoje liguei para o meu pai… ele está bem… não foi nada de grave, graças a Deus e ficou feliz ao ouvir a Catarina a tagarelar… a minha irmã está bem, a cirurgia correu bem e ela já está em casa… liguei-lhe logo que cheguei à casa, mas ninguém atendeu ao telefone… naturalmente ela ainda não tinha chegado da diálise… deixei – lhe um recado no messenger … amanhã falamos com calma… só eu é que continuo com os nervos à flor da pele; precisando de uma massagem que me alivie a tensão… habilitas-te??? Lolol…
Beijo e um bom fim de semana… com alguma chuva à mistura; dizem as previsões… ;)

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